O presidente da Infraero, Rogério Amado Barzellay, esteve em Canela nesta terça-feira, participando de uma audiência pública no Centro Integrado de Desenvolvimento e Inovação de Canela (Cidica). Durante o encontro, Barzellay reforçou o compromisso da Infraero em colaborar com a região e afirmou que todas as intervenções no aeroporto serão realizadas com diálogo e aprovação da comunidade local.
Foi definido que o Aeroporto de Canela será fechado a partir do dia 20 de outubro para a ampliação da pista, que passará de 18 para 30 metros de largura, permitindo a operação de aeronaves ATR 72, de médio porte, com previsão inicial de um voo diário. Essa intervenção marca uma nova fase para o turismo na Serra Gaúcha, permitindo que o aeroporto se integre de forma mais significativa ao fluxo turístico da região. O fechamento coincide com a reabertura do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, prevista para 21 de outubro, após suas próprias reformas.
O projeto de ampliação do aeroporto de Canela será para 30 metros, viabilizando a operação de aviões como o ATR 72, o que exigirá licenciamento ambiental simplificado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Barzellay garantiu que essa segunda etapa não afetará moradores, árvores ou nascentes na área.
A Infraero estima que o aeroporto ficará fechado por 60 dias para a execução das obras. Barzellay destacou que não há obstáculos financeiros, pois a ata de registro de preços já foi assinada, garantindo os recursos para a execução do projeto.
Além da ampliação da pista, está prevista a instalação de uma estação meteorológica no aeroporto, que reforçará a infraestrutura para a operação de voos comerciais, bem como um novo e moderno terminal de passageiros. Na audiência, também foram assinados termos de início de obras e ordens de serviço, reafirmando o compromisso da Infraero com o desenvolvimento da região.
Com essas melhorias, o aeroporto de Canela deverá se consolidar como um polo regional, abrindo espaço para voos diretos a partir de aeroportos como Congonhas, em São Paulo. Isso representa uma antiga luta da comunidade da Região das Hortênsias, que busca fortalecer o destino como um dos principais indutores do turismo no Rio Grande do Sul.
A operação de voos diários atrairá turistas de alto poder aquisitivo, elevando o ticket médio das compras na região, impactando positivamente o comércio local e o setor hoteleiro.