4ª Câmara Criminal do TJ-RS manteve condenação de Sanches e Caíque Marquez em processo relativo ao Sonho de Natal
Dois processos da Operação Cáritas estavam em julgamento, na tarde desta quinta-feira (26), na 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, ambos envolvendo o ex-secretário de Turismo de Canela, Ângelo Sanches Thurler, que chegou a ser preso no curso da 10ª fase da Operação Cáritas.
Absolvição
No primeiro processo, eram réus o próprio Ângelo, a ex-diretora de Cultura, Camila Pavanatti e o produtor cultural Elias da Rosa. A denúncia do Ministério Público, com base nas investigações da Polícia Civil de Canela acusava os três de benefício próprio e de terceiros a partir de valores que envolviam o espetáculo Vida, na Catedral de Pedras, e pelo uso de materiais de decoração dos eventos de Canela para benefício próprio e de seus sócios.
A 4ª Câmara, por unanimidade, acolheu os recursos dos réus, que haviam sido condenados em 1º grau na Comarca de Canela. Assim, pode-se dizer que, apesar de o Ministério Público possa recorrer da decisão, Ângelo, Camila e Elias foram absolvidos destas acusações.
Condenação
Por outro lado, em outro processo da Operação Cáritas que também estava em julgamento na 4ª Câmara Criminal, os recursos foram negados e a condenação mantida para Ângelo Sanches e o blogueiro gramadense, Caíque Marquez, que eram réus por peculato, em episódio que envolveu a contratação de locuções para o espetáculo Catedral de Luzes.
Conforme as investigações da Polícia Civil de Canela e a denúncia do Ministério Público, no âmbito da Operação Cáritas, Caique foi contratado pelo Município de Canela, através do ex-secretário Ângelo, sob o pretexto de divulgar a “Marca de Canela” através de áudios inseridos durante o espetáculo “Catedral de Luzes” no período de agosto a novembro de 2017.
Pelo contrato, Marquez recebeu a quantia de R$ 59.000,00 em 22 de dezembro de 2017. Em 02 de janeiro de 2018, Caique transferiu parte dos valores, mais especificamente, a quantia de R$ 53.000,00, para a conta bancária de Ângelo, conforme revelou o Relatório de Análise de Indicativos de Lavagem de Dinheiro, integrante do inquérito policial.
Também desta decisão, cabe recurso por parte de Ângelo e Caíque.
Os votos dos desembargadores ainda não foram publicados e, assim que a reportagem da Folha tiver acesso, publicaremos nova matéria com os motivos da condenação e da absolvição.