Manifestação cobra uso de recursos do FUNRIGS para obras em rodovias e critica previsão de até 22 pontos de cobrança no Estado
Uma mobilização regional contra a criação de novos pedágios nas rodovias gaúchas ganha força em Gramado. Lideranças políticas e comunitárias defendem que o Governo do Estado utilize recursos já disponíveis no Fundo de Reconstrução do Rio Grande do Sul (FUNRIGS) para executar obras de infraestrutura, em vez de implantar novas praças e pórticos de cobrança no Vale do Paranhana e no Vale do Sinos.
Segundo a manifestação, as estradas da região precisam de investimentos, mas não há justificativa para ampliar a malha de pedágios. A nota destaca que o Estado dispõe de aproximadamente R$ 1,5 bilhão no FUNRIGS, valor que poderia ser aplicado em intervenções como viadutos e acessos na ERS-239, duplicação do trecho entre Taquara e Rolante, construção de terceira pista na ERS-020 entre São Francisco de Paula e Gravataí e duplicação da ERS-115 entre Taquara e Três Coroas.
Os críticos lembram ainda o exemplo da duplicação da ERS-118, realizada sem implantação de pedágios, para argumentar que é possível executar grandes obras sem criar novos pontos de cobrança. Eles rejeitam a possibilidade de implantação de até 22 pedágios prevista na modelagem de concessões em estudo pelo governo estadual e afirmam que a população da região “não pode pagar essa conta”.
Para as lideranças que assinam o posicionamento, o Estado tem condições financeiras de custear as melhorias com os recursos do FUNRIGS, tornando desnecessária a criação de novas praças de pedágio. A expectativa é de que o debate siga mobilizando moradores, entidades e representantes políticos, que pretendem pressionar o governo a rever o projeto e garantir investimentos nas rodovias sem novos encargos para os usuários.