Canela,

23 de dezembro de 2025

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Imagens exclusivas e histórico da condutora reforçam investigação sobre atropelamento de mãe e bebê em Canela

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Veículo percorreu cerca de dez metros sobre as vítimas; motorista já havia se envolvido em outro atropelamento em 2021

Imagens obtidas com exclusividade pela Folha, divulgadas nesta terça-feira (23), trouxeram novos elementos ao inquérito que apura o atropelamento de uma jovem de 21 anos e sua bebê, de 1 ano e 11 meses, ocorrido no início de dezembro, sobre a faixa de segurança, na Avenida Osvaldo Aranha, no Centro de Canela.

O atropelamento aconteceu na noite de quarta-feira (3), por volta das 18h. A mãe, identificada pelas iniciais G.H.S., foi atingida por um Honda HR-V branco, conduzido por uma mulher de 74 anos. Conforme as imagens e relatos já analisados, o veículo chegou a percorrer cerca de dez metros sobre as vítimas, sendo interrompido apenas após alertas de populares que presenciaram a cena.

A ocorrência gerou comoção imediata. Pessoas que estavam no local ergueram o veículo manualmente para retirar mãe e filha debaixo do carro. A bebê foi socorrida e encaminhada ao Hospital de Caridade de Canela (HCC).

A ação mobilizou Brigada Militar, SAMU e Corpo de Bombeiros. A mãe permaneceu internada no HCC, onde sofreu fratura de quadril, fratura de tornozelo e pneumotórax.

Histórico anterior da condutora

A investigação também confirmou que a condutora já havia se envolvido em outro atropelamento, registrado em 2021, na ERS-239, em Parobé. Naquele episódio, a vítima atravessava a rodovia fora da passarela e retornou repentinamente à pista após deixar um objeto cair, momento em que acabou sendo atingida pelo veículo conduzido pela mesma investigada.

Estado de saúde das vítimas

Após dias de internação, a bebê recebeu alta médica e segue sob os cuidados de familiares. Já a mãe passou por cirurgia ortopédica, recebeu alta hospitalar e se recupera em casa.

Segundo o advogado Márcio Seabra, que representa a família, a vítima precisou da colocação de pinos e placas metálicas, especialmente no tornozelo, em razão da gravidade das fraturas. Devido ao período de recuperação, ela deverá ser ouvida por chamada de vídeo no curso do inquérito policial.

Oitivas em andamento e ausência de contato

A Polícia Civil de Canela iniciou a oitiva de testemunhas que presenciaram o atropelamento, etapa considerada fundamental para o esclarecimento da dinâmica do fato e para a definição das responsabilidades.

A família reafirma que não foi procurada pela condutora ou por representantes para qualquer tipo de auxílio desde o ocorrido. Conforme já relatado, todo o socorro inicial partiu de populares e dos órgãos de segurança.

O caso segue sendo investigado como lesão corporal culposa no trânsito. A família defende a responsabilização da condutora e espera que o episódio sirva como alerta para a segurança viária, especialmente em áreas centrais e de grande circulação de pedestres.

A Folha segue acompanhando o caso e trará novas informações à medida que o inquérito avançar.