Canela,

27 de julho de 2024

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Delegacia de Canela prende mulher em Gramado por golpe dos “nudes”

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Foto Ilustrativa: Internet

O “sextorsão”, como também é conhecido, fez diversas vítimas na região

A Polícia Civil de Canela prendeu em flagrante, última quinta-feira, uma mulher que aplicava o golpe dos “nudes” ou “sextorsão”, com muitas vítimas na região, com recebimentos de valores em dinheiro para conter a ameaça de vazamento de fotos íntimas.

Foto: Reprodução/DP Canela

Após iniciar uma conversa e simular amizade íntima, a criminosa, utilizando as fotos falsas nos perfis criados para os golpes, trocava nudes com as vítimas. Após, passava a extorquir os homens, exigindo valores em dinheiro para não divulgar as fotos em que eles apareciam nus e em poses consideradas moralmente comprometedoras.

A seção de investigação da Delegacia de Canela conseguiu identificar a criminosa e fazer a prisão em flagrante, na cidade de Gramado, no exato momento em que era feita a entrega de dinheiro por parte da vítima.

Na Delegacia de Canela, são vários os registros policias de vítimas deste golpe, em semanas que podem chegar a um por dia.

O Delegado Vladimir Medeiros, titular da Delegacia de Polícia de Canela e responsável pelas investigações, explicou que este tipo de golpe tem sido muito usual recentemente, com aumento dos índices no período da pandemia.

Medeiros informou ainda, que os golpistas têm utilizado muito a internet e as redes sociais para aplicar golpes, sendo muitas as vítimas que registram ocorrência policial na Delegacia da cidade. Além disso, orientou que os homens desconfiem desse tipo de abordagem, especialmente quando logo após o início da conversa virtual já houver rápida troca de intimidade e a pessoa solicitar fotografias em que o homem esteja sem roupas.

A Polícia Civil de Canela orienta que sejam feitos registros de ocorrência nos casos de extorsão e explica que, além do conhecido “golpe dos nudes”, há uma prática criminosa semelhante, em que, após troca de fotografias íntimas (sempre falsas), outro golpista entra em contato com a vítima se identificando como advogado ou policial, exigindo valores em dinheiro para que a vítima não seja processada ou mesmo presa. O Delegado Vladimir Medeiros informa que a Polícia Civil não age dessa maneira, não exigindo dinheiro em nenhuma hipótese.

O Delegado Medeiros alertou que a investigada mantém vínculo com outros criminosos que se encontram presos e, de dentro dos presídio, também cometem o mesmo crime.

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Foto: Reprodução

O golpe que causa prejuízo financeiro e moral

O golpe não é novo, mas continua deixando vítimas, em geral, homens casados ou comprometidos.

Tudo começa com abordagem em redes sociais e contatos de WhatsApp, com números aleatórios escolhidos pela quadrilha.

Após algum tempo de conversa, através de um perfil falso no Facebook, com fotos de uma jovem atraente, são trocados contatos de WhatsApp. O próprio golpista toma a iniciativa de enviar fotos íntimas, também falsas, pedindo que o homem envie fotos suas.

De posse das fotos da vítima, um segundo criminoso entra em ação, como suposto pai ou padrasto da “jovem”, falando que ela é menor de idade e pedindo dinheiro para não levar o caso à polícia.

Há casos em que os golpistas se passam por supostos advogados e policiais, falando que as fotos fazem parte de investigação policial e solicitam dinheiro para que o “caso” seja arquivado.

A foto de perfil do WhatsApp pode até mesmo ser a de uma pessoa uniformizada como policial.

Diante da ameaça de ir parar na delegacia por pedofilia ou ainda ter suas fotos expostas nas redes sociais, alguns homens acabam depositando quantias em dinheiro, que variam de R$ 4 mil a R$ 11 mil.

Dicas para prevenir cair em golpes pela internet

• Não compartilhe fotos íntimas pela internet;
• Evite e desconfie de solicitações de amizades de desconhecido nas redes sociais, quanto mais adicionar e conversar;
• Não forneça dados como nome completo, CPF, RG, endereço, conta bancária e senha para estranhos em ligações telefônicas, mensagens SMS ou WhatsApp;
• Cuide com operações bancárias (depósitos ou transferências em dinheiro) para pessoas do círculo familiar ou de amigos, principalmente em solicitações pelo WhatsApp;
• Evite conversar com prefixos telefônicos desconhecidos;
• Se for vítima de algum golpe, procure a polícia e registre ocorrência.