Canela,

3 de julho de 2024

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Paty Viale

PATY EM SÃO CHICO

Patrícia Viale

E ainda falamos de Outubro Rosa, porque a superação é feminina!

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Margarete Medeiros Marques, pecuarista, ex vice prefeita de São Chico, nos conta uma das suas superações: “Bah! Falar em superação na vida de uma mulher é bastante difícil. Cada dia superamos uma série de obstáculos e muitas vezes nem percebemos. Vou contar uma bem das antigas: Quando com 7 anos (em 1969), vim de uma fazenda, na zona rural, já alfabetizada, em escola de galpão, com professora particular paga pelos nossos pais. Lá eram só meninos e eu, menina. Os outros eram meus primos e filhos dos empregados do meu avô. Eu morava na casa dos meus tios. E meus pais, em outra fazenda. Passava a semana por lá e ia para casa nos finais de semana. Aí, fiz uma prova na escola das Irmãs de São José e fui promovida para o terceiro ano. Vim para a cidade morar com meus avós maternos, em 1969. Meu primeiro dia de aula naquela escola enorme, onde hoje funciona a escola Jose de Alencar, e eu não conhecia ninguém. Tinha só meu primo, que já estava estudando ali, desde um ano antes. Foi uma novidade em tudo! Aquele pátio enorme; crianças que já tinham grupos para brincar e o pátio interno era separado entre meninos e meninas. Estava só naquele mundão todo desconhecido. Ali percebi que teria que fazer por mim. Enfrentar o mundo com minha pequena coragem. E fui. Fiz amigos, cativei minha professora, a Zuara Andrade. Eu era muito pequena, mas a garra era enorme, a vontade de conquistar o mundo também. Acho que este foi o maior obstáculo que poderia enfrentar e venci. Tenho amigos desde aquela época. Dali vieram tantos desafios, que espero que continuem sempre surgindo. Isso nos move, nos faz forte, nos faz sentir vida pulsando!”

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Camila Scatena, dentista em São Chico: “Minha vida foi marcada por diversas superações, mas acredito que o maior desafio e superação foi assumir um concurso aqui, na serra gaúcha, enquanto ainda cursava o doutorado em São Paulo. Estava noiva do meu marido, que é gaúcho e tinha vontade de retornar à terra. Havia perdido meu pai, há pouco mais de um ano, e decidi começar uma nova história e a minha família, as margens do Lago São Bernardo, em São Chico. Foram 14 meses na ponte aérea, com muita vontade de fazer dar certo o plano de vida e terminar o doutorado em Odontopediatria, na USP.  Hoje sou extremamente grata a tudo o que conquistei em minha carreira, e à família que constitui, prezando a qualidade de vida que posso ter aqui.”.

Neste tempo de outubro é momento para ouvirmos mulheres e suas superações. Porque o feminino é a própria Vida.

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