Canela,

3 de julho de 2024

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Cabelo

OPINIÃO FORTI

Márcio Diehl Forti

Eu Quebrei meu Dedo Jogando Beach Tennis

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O título da coluna reproduz fielmente a frase que eu mais utilizei no último mês que se passou. Por um acidente na quadra de areia, causado por um misto de imperícia e mobilidade reduzida eu fraturei o dedo anelar direito. Fiquei um mês com ele imobilizado. Eu que sou canhoto achei que seria tudo muito tranquilo. Porém não foi.

O dedo anelar parece algo que tu não utiliza tanto, ainda mais quando tuas habilidades motoras estão na outra mão. Porém não é verdade. O corpo humano é prodigo em te apresentar mecanismos que dependem de algo que você realmente nem entende porque está ali. Tipo um lóbulo de orelha, um baço ou até o ciso. Tanto que muitos conseguem viver bem sem. Mas por algum motivo eles estão ali. A natureza é sábia. Então não foi um momento de vida agradável ficar com um dedo imobilizado. Até para digitar essa coluna era complicado.

Trazendo para a realidade política do nosso país. É tipo um senador, deputado ou vereador. A gente imagina que nem precisa desses caras. É tanta confusão, tanta declaração errada, diversas tomadas de decisão estapafúrdias que você pensa: “Podia fechar o congresso, a assembleia ou a câmara!”. Dali não sai nada mesmo.

Só que a real é exatamente o contrário. A gente precisa muito deles. Apesar de grande parcela deles não merecerem estar ali, o sistema é feito para que sejam braços importantes do poder público. Tenho acompanhado mais seguidamente as sessões da câmara municipal de Canela. Existem debates importantíssimos, existem ideias interessantes. O problema claro é que se perdem pela demagogia e falta de senso crítico de alguns. A composição atual do legislativo, com a volta dos titulares até melhorou um pouco o nível. Mas é claro que sempre tem algumas coisas que fica difícil defender.

Precisamos ter o entendimento: Vereador é essencial para a cidade, inclusive quem faz oposição. Não pode um governo ter só gente que adula suas iniciativas. Não é assim que a politica funciona!

Esses dias nosso diretor Chico citou o debate acalorado, entre Emília e Jerônimo que passou realmente do ponto. Eu me senti constrangido em alguns momentos. Mas discordo do Chico em relação a citar a idade da vereadora Emília em relação ao Jerônimo como algo que fosse proteger a mesma. Na minha opinião enquanto você está na bancada você está suscetível a todo o tipo de discussão. Esqueça gênero, esqueça idade, esqueça de onde você veio. É o popular “não quer brincar, não desce pro play!” Não gostei do tom de ambos e acho que o momento ali foi desnecessário. Ficou claro que o vereador Jerônimo procurou o embate e a vereadora entrou no jogo que ele queria. Por outro lado se ela se sentir ofendida também tem o direito de procurar os direitos dela.

Aliás sobre o momento da Situação

Para mim a eleição já começou desde o movimento de saída do Gilberto Cézar do governo. E seguiu nessa toada. A janela partidária mostrou alguns caminhos tomados e a situação, para mim, desponta como favorita. Tem uma militância forte dentro do MDB, que é instigada por quatro anos. A máquina a favor segue sempre sendo um ponto a ser citado. Óbvio que a rejeição e o desgaste são maiores, mas por isso hoje considero o candidato ungido pela executiva do MDB como favorito.

O que não quer dizer será eleito. As últimas semanas mostram que muitos ruídos fortes precisam ser entendidos. O caso do Ginásio Municipal causou forte desgaste com alguns edis e membros do partido. Marcelo Savi e Luciano Melo foram veementes em seus discursos desgostosos sobre o tema. Aliás, Savi no seu pronunciamento citou uma “pessoa com a caneta” dentro do paço municipal. Que segundo o mesmo muito mais atrapalha do que ajuda. Quem seria essa pessoa? Porque segue lá dentro? Ficou na cara que ele não falava do prefeito Constantino, mas indiretamente a crítica foi a administração. Nesses momentos o atual prefeito deve ter sentido falta dos suplentes concordinos, que pouco se manifestavam, mas quando o faziam era apenas para dizer amém.