Os técnicos do Gramadozoo estão utilizando técnicas de falcoaria como ferramenta de educação ambiental e para garantir o bem-estar animal das aves de rapina que vivem no parque. Após treinar os animais, a equipe circula com as aves atreladas pelas dependências do zoo e também leva exemplares em palestras educativas fora do parque. Todo material de falcoria foi produzido no zoo pelo tratador William Assumpção da Silva.
Segundo o veterinário Renan Alves Stadler, responsável técnico do Gramadozoo, a arte milenar consiste em treinar aves de rapina para a caça. No zoológico, a falcoaria é utilizada com outro intuito: conscientizar crianças e adultos sobre a importância da preservação da fauna. “Circulamos com elas para explicar sobre a história de cada animal. São aves que sofreram com a interferência humana e não conseguiriam viver na natureza. Muitas perderam amplitude e não conseguem mais voar”, diz.
Conforme ele, estão em treinamento um gavião-carrapeteiro, um gavião-preto, um gavião-carijó, um carcará, uma coruja-orelhuda e uma coruja-mocho-do-diabo. “Existe um estigma sobre as aves de rapina. Algumas pessoas que associam os animais com coisas ruins. Lendas dizem que corujas são sinais de mau presságio. Queremos tirar essa imagem negativa. São animais que não oferecem nenhum risco ao ser humano”, frisa.