O Ministério Público de Canela convocou entrevista coletiva de imprensa, na tarde da última terça, 18, para anunciar que entrou com denúncia de improbidade administrativa contra o prefeito eleito Constantino Orsolin e mais nove pessoas, entre eles ex-secretários municipais, uma funcionária de carreira da Prefeitura e os beneficiários de uma desapropriação de área ao lado do local da construção do pórtico, na ERS-235, divisa com Gramado.
Além disso, atendendo pedido do MP, o juiz da 1ª Vara de Canela, Vancarlo Anacleto, deferiu liminar bloqueando bens de Constantino e dos então proprietários da área que foi desapropriada.
O promotor Paulo Eduardo de Almeida Vieria explicou que a Ação Civil Pública iniciou com o Ministério Público Federal, mas que com a devolução de recursos federais à Caixa Econômica Federal, em março de 2014, o processo foi enviado ao MP de Canela por envolver apenas recursos da Prefeitura.
Ao lado do secretário de diligências do MP de Canela, Marcelo Soares Almeida, o promotor afirmou que “o entendimento é de claro prejuízo aos cofres públicos, com elementos mais do que suficientes para caracterizar improbidade administrativa”, o que lhe motivou a denunciar Orsolin à Justiça.
Após analisar o processo, que hoje conta com mais de 1500 páginas, verificar todas as etapas da tentativa de implantação de um pórtico em Canela, desde o projeto iniciado por Cléo Port, em seu primeiro mandado, Vieria e sua equipe da promotoria local chegaram à conclusão de que o problema da obra que hoje é um fantasma na entrada da cidade não estava na execução, nos projetos e nem licenciamentos e sim na aquisição de terras ao lado da construção por parte da Prefeitura de Canela.
A cobertura completa você confere na edição impressa da Folha de Canela desta quinta, 19.