Canela,

17 de abril de 2024

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Canela comemora 73 anos de emancipação política

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Fotos: Reprodução/Arquivo Folha - A estação de trem, na década de 1930

Várias versões sobre as origens de Canela já foram contadas e até mesmo registradas em livros e outras publicações. Os primeiros moradores da região foram os índios guaianazes, dos quais ainda se encontram vestígios no Caracol, Banhado Grande e Saiqui.

Não são raras as histórias contadas pelos moradores mais antigos relatando a existência dos guaianazes e dos embates de tropeiros e colonizadores com os nativos.

Após os índios, vieram os tropeiros, que utilizavam a região como passagem dos Campos de Cima da Serra para outras colônias. O local foi escolhido como ponto de encontro e de pernoite pelos tropeiros devido à abundância de água, pasto e lenha, além dos belos capões de mato que ofereciam abrigo e proteção.

Foi com os tropeiros que, supostamente, surgiu o nome CANELA, devido a uma frondosa caneleira que existia onde hoje é o centro da cidade, servindo de ponto de referência para os viajantes da época. Até então, estas eram terras sem dono e, de acordo com historiadores, a primeira pessoa que estabeleceu residência em Canela foi Apolinário de Almeida Roriz, um tropeiro vindo da colônia de Vacaria, por volta de 1780.

Roriz se estabeleceu na Fazenda Faxinal, que englobava as terras onde atualmente se localiza Canela. Estes campos eram chamados de Campestre Canella.

O primeiro homem a povoar o Campestre Canella foi Joaquim Esteves da Silva, que também foi o primeiro proprietário oficial das terras (em 1821). Esteves permaneceu cerca de 20 anos no Canella, tendo sete filhos. Com o falecimento de Esteves, em 1843, as terras do Campestre Canella passaram pelas mãos de várias pessoas, sendo inclusive alvo de disputas judiciais, até que em 1908 o fundador de Canela, João Corrêa Ferreira da Silva, adquiriu o Campestre Canella.

Nos anos seguintes, João Corrêa passou a se dedicar ao seu grande projeto: fazer o trem subir a serra, chegando até Canella.

Hoje é aniversário da emancipação

Momento em que Canela deixou de ser Distrito de Taquara e se tornou município. As autoridades se reuniram junto ao busto do fundador, Cel. João Corrêa Ferreira da Silva, na praça que leva o seu nome, para uma justa homenagem.

Na foto, da esquerda para a direita, Ambrósio Maggi, atrás, Audomar Schmitt, Pe. Alberto Hickmann, Nagibe G. da Rosa, Danton Corrêa, Apparício Corrêa, Patrício Zini, Júlio Cezar Corrêa, Domingos Fellipetto, João Manuel Corrêa, Alfredo Spindler, Nelson Schneider (prefeito empossado nessa data, sendo o primeiro prefeito do novo município), Tio Bélio, Alfredo Travi, Basílio Travi, Carlos Corrêa, Dr. Pedro Sander, Rinaldo Dietrich, Archimimo Alves da Silveira e Plínio Soares.

O Dr. Nelson Schneider era funcionário público da prefeitura de Porto Alegre e sua função era organizar prefeituras.

Canela foi emancipada em 28 de dezembro de 1944. Na época, a cidade era distrito de Taquara e a exigência para que um distrito pudesse se emancipar era de possuísse no mínimo 300 casas e uma população de 4.000 habitantes. Tais exigências já haviam sido ultrapassadas, pois existiam por aqui mais de 1.000 casas e 9.000 habitantes.

Ainda hoje, Canela é o município mais populoso da região, esse foi o motivo de ser o segundo a se emancipar politicamente, 10 anos antes de Nova Petrópolis e Gramado, perdendo apenas para São Francisco de Paula, que se tornou município definitivamente em 1903.