Canela,

17 de abril de 2024

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Medida preventiva pede a desocupação de prédio, galeria comercial e posto de combustível no centro de Canela

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Foto: Reprodução/Google
Foto: Reprodução/Google

Prefeitura e Corpo de Bombeiros reuniram a imprensa no final da tarde de hoje, 18, para comunicar que um prédio, uma galeria comercial e um posto de combustível no centro de Canela devem ser desocupados já no dia de hoje.

A medida afeta o edifício Querência, com 15 apartamentos e oito lojas, uma galeria comercial com três lojas e o posto de combustível localizado na Av. Osvaldo Aranha.

A medida é preventiva e tem como objetivo evitar danos futuros, tanto materiais quanto pessoais.

Segundo a Prefeitura, existe um Inquérito Civil Público que tramita no Ministério Público de Canela desde 2010, sobre a situação da estrutura das construções. Nesta semana, por determinação do MP, a Prefeitura encomendou um laudo sobre o local.

Na avaliação de um perito em fundações, existe o risco iminente e real de dano parcial das edificações, principalmente na parte em que elas estão sobre um canal de macrodrenagem, o arroio Santa Terezinha.

Neste trecho específico, existem duas sapatas que ficam no leito do canal e que sofrem com a ação da água desde que ele foi construído, há 38 anos atrás.

Também a galeria comercial e o posto, uma construção com 20 anos, tem lajes e sapatas sobre o canal de drenagem.

A medida é preventiva. Prefeitura e Corpo de Bombeiros tiveram acesso ao laudo e à determinação do MP no final da tarde de ontem, quando iniciaram as conversas com os moradores e comerciantes afetados.

“Não significa que algo vai acontecer, mas estamos trabalhando de maneira preventiva, evitando que algo pior aconteça, portanto, não há motivo para pânico”, afirmou Maurício Ferro, comandante do Corpo de Bombeiros na Região.

Existe ainda o agravante que uma grande quantidade de chuva está prevista para a madrugada de sábado.

Foto: Francisco Rocha
Foto: Francisco Rocha

Como deve acontecer

A orientação é que os moradores não permaneçam nos apartamentos e as salas comerciais cessem suas atividades, incluindo os espaços de estacionamento da galeria e do posto de combustível.

Na próxima terça-feira, um novo laudo deverá ser realizado, para confirmar o comprometimento das estruturas ou liberar o local.

Este laudo não pode ser realizado agora pois o canal de macrodrenagem está cheio devido as chuvas e as patas submersas.

Com o novo laudo, Prefeitura e Bombeiros, juntamente com o Ministério Público, podem levantar a interdição.

Tudo feito com o conhecimento dos moradores

As ações foram tomadas após reuniões com os proprietários e com a empresa administra tora do condomínio do edifício Querência.

Melhorias e novo canal de drenagem

De qualquer forma, a determinação do Ministério Público é de que a Prefeitura realize o desvio do leito do canal de macrodrenagem, passando pela via pública, a Av. Osvaldo Aranha, até o início da Rua Paul Harris, evitando que ele passe por baixo das construções.

Após, as sapatas que estavam dentro do canal deverão ser reforçadas e o leito do arroio preenchido com pedras.

O prefeito Constantino Orsolin afirmou que uma licitação para esta obra já está em andamento e aguarda os trâmites legais. Após o período licitatório, a previsão para término da obra é de 60 a 90 dias. O custo é de aproximadamente R$ 800 mil.

Já as melhorias no canal, prédio e galerias devem ser feitas por conta de seus proprietários.

Caso o novo laudo confirme a necessidade de interdição, moradores e comerciantes deverão esperar a conclusão das obras para ocupar novamente o local.