Marisa Richetti, comandante de Canela, acumula pioneirismo na corporação
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No mês de março, a Folha segue com sua série de matérias com histórias e visão das mulheres sobre suas conquistas e desafios. Hoje, apresentamos a comandante do CBM de Canela.
Há 21 anos, o ambiente exclusivamente masculino dos quartéis do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) experimentava um novo tempo. A primeira turma formada por mulheres, em 1998, chegou para demonstrar que uma nova história seria escrita também por mãos e vozes femininas de uma geração determinada a vencer.
Apesar do pouco tempo de registro da presença feminina na corporação, Canela se destaca neste quesito. Possui a soldado Jéssika Assmann e agora a recém-chegada Tenente Marisa Richetti, que assumiu o comando dos bombeiros na cidade.
Marisa tem 41 anos e foi uma das dez primeiras mulheres a entrar na corporação em 1998. De lá pra cá, muita coisa mudou, na opinião da tenente, a presença feminina deixou os Bombeiros menos sisudos.
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“Desde que entrei até hoje, os avanços foram bem significativos para as mulheres que têm conquistado cada vez mais espaço. Isso prova que conseguimos, sim, conciliar homens e mulheres trabalhando juntos e fazendo a mesmas atividades”, diz Richetti.
A tenente admite que por motivos culturais havia certa resistência no início, mas hoje, até o trabalho é diferente. “Existem novas ferramentas, novas tecnologias, que privilegiam o uso da técnica e não da força, por este motivo, vemos tantas mulheres trabalhando no combate ao fogo e em resgates”, explica.
Natural de Tapejara/RS, Marisa continua acumulando pioneirismo, além de ser uma das primeiras mulheres a integrar os Bombeiros, também fez parte da primeira turma com duas mulheres sargentos da história do Estado, já em 2002. Agora, soma-se a um time de mulheres que comandam corporações no Estado, ao lado de Flores da Cunha, Santo Ângelo e São Leopoldo.