Canela,

22 de abril de 2024

Anuncie

De Prosa e Verso, por Fabiano Hanel: Preservando o vocabulário

Compartilhe:

Seguimos na lida preservando nosso rico e único vocabulário campeiro com as influência dos primitivos habitantes, colonizadores europeus, espanhóis, portugueses, alemães, italianos e africanos.
MAMBIRA – Reunião de mambiras; grupo de pessoas que não estão habituadas à vida na cidade.
GAMBETA – Movimento desordenado que faz o indivíduo ou animal com o corpo e com as pernas, fugindo para um e outro lado, para escapar ao seu perseguidor.
CHIMANGO – Alcunha dada no Rio Grande do Sul aos partidários do governo na revolução de 1923. Ave de rapina muito comum na campanha rio-grandense. Durante a revolução os Maragatos usaram a palavra chimango para com efeito pejorativo para com os governistas.
CHÊ – Interjeição. Equivale a “tu aí”, ou “tu”, simplesmente. Usa-se, também como vocativo: “Como vai, Che?”; para chamar atenção “Chê! Que rico pingo!”. Pronuncia-se tchê à maneira espanhola. O mesmo que ché, tié, e tchê.
CANGALHA – Peça de três paus, unidos em triângulo, que se coloca no pescoço dos porcos e de outros animais, para que não possam atravessar as cercas que protegem as áreas cultivadas. Peça do arreamento do animal de carga, constante de uma armação de madeira acolchoada internamente com bastos feitos de palha denominada tiririca.
PONTE-SUELO – Peça decorativa espécie de penduricalho posto na parte inferior do freio do animal. O mesmo que ponte-suela ou ponto-suela.
Tascava garbosamente o freio de coscós sacudindo ponte suelo e escarvando o chão.” Alcides Maia, Ruínas Vivas p. 129.
POR BAIXO DO PONCHO – Expressão. Ocultamente, às escondidas, clandestinamente, de contrabando.

UM DIA NA HISTÓRIA
No dia 10 de abril de 1972 os restos mortais de Dom Pedro I deixaram Portugal em um navio com destino ao Brasil. Acompanhando na embarcação estava o então presidente de Portugal Américo Tomas. O simbolismo deste ato está ligado ao fato dos 150 anos da Independência do Brasil, foi entregue ao então presidente da época, Médici. O Imperador Dom Pedro I morreu em Portugal em 1834, seu coração ficou em Portugal em relicário no mausoléu na capela-mor da Igreja da Lapa. O corpo teve como destino a cripta do monumento à Independência no Museu do Ipiranga em São Paulo.

Fontes: https://br.historyplay.tv/hoje-na-historia/corpo-de-d-pedro-i-parte-de-navio-para-o-brasil
https://istoe.com.br/277892_A+VOLTA+DE+DOM+PEDRO+I/
Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul, Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes – Martins Livreiro Editor – 4ª Edição.