É simples, até Bíblia já explica isso, há séculos: esmague a cabeça da serpente!
E se a cobra for a criminalidade? Bom, esmague a cabeça da serpente.
Mas para isso, é preciso achar a cabeça da serpente.
Todos sabem que existe dois grandes problemas de criminalidade em Canela, o tráfico e os furtos/roubos. Eles estão ligados a duas situações. A primeira delas: invasões.
A Folha já publicou reportagem exclusiva sobre as invasões, mostrando que tais áreas, apesar de ter muita gente de bem morando lá, são guaridas para tráfico e uso de drogas, foragidos e outra série de ilícitos.
O segundo problema é onde está a cabeça da cobra, o presídio estadual de Canela. É de lá que saem as ordens para os traficantes que estão na rua. Vale lembrar que dos crimes violentos que aconteceram em Canela nos últimos anos, mais de 70% estão vinculados ao tráfico.
Sem a cabeça, o corpo não vai funcionar. Sem as áreas invadidas, boa parte do corpo vai ficar descoberto e parte do alimento desta rede criminosa não vai ter como sobreviver.
Mais que habitação
As áreas invadidas são mais que um problema habitacional, elas trazem problemas ambientas, de saúde e de segurança, sem falar nos posteriores custos sociais, que saem diretamente do bolso do cidadão.
Hoje, temos na Polícia Civil o órgão que vem tentando coibir as invasões, mas convenhamos, não é exatamente o seu papel, apesar de estas áreas serem focos de crime de toda a sorte.
Onde está então o poder público para atuas nestas áreas? Talvez preocupado em garantir uma fatia dos votos para 2020?
Enquanto isso, o corpo das serpentes vão ficando maiores e mais fortes, com suas cabeças tendo tempo suficiente para pensar e ordenar, diretamente de uma cela no centro de Canela.
É um problema que deve ser enfrentado agora, hoje, já, pela Prefeitura.
Eleição a vista
O pleito eleitoral de 2020 já aponta no horizonte, apesar de o prefeito Constantino não querer falar em eleições, o fato já mexe com os partidos políticos e com os possíveis candidatos, principalmente quem chuleia uma cadeira na câmara de vereadores.
O resultado, acalorados debates nas sessões, pendendo, muitas vezes, para a ofensa ou para discussões sem um mínimo sentido.
O que entristece o pessoal, que fica do outro lado do balcão vendo a banda tocar é que a melodia sobe o tom mais para uma trilha de suspense do que para uma marcha alegre.
E ainda falta um ano para a eleição. Haja oboé pra pouco ouvido.
Unisinos em Canela
O polo da Unisinos em Canela, junto à Coopec, será lançado oficialmente no próximo dia 29.
A Coopec vem dando exemplo de que, com boa administração, se cresce cada vez mais.
Aí que me refiro.