Canela,

28 de março de 2024

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Fumaça de incêndio na Austrália pode chegar ao Rio Grande do Sul esta semana

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De acordo com a MetSul Meteorologia, a fumaça dos incêndios que atingem a Austrália, pode chegar ao Rio Grande do Sul esta semana. Conforme meteorologistas, imagens aéreas já mostram a presença da fumaça entre o Chile e a Argentina.

O comunicado da MetSul utiliza imagens obtidas pela Nasa, National Aeronautics and Space Administration ou Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, agência do Governo Federal dos Estados Unidos.

Com um centro de baixa pressão que impulsionará ar mais seco do Centro da Argentina pro Sul do Brasil, a MetSul crê que a fumaça da Austrália chegará ao Rio Grande do Sul no final da terça e durante a quarta-feira.

Os incêndios na Austrália já destruíram, desde setembro, mais de 5,5 milhões de hectares, o equivalente a um país como a Dinamarca, e provocaram a morte de 24 pessoas.

O dia hoje amanheceu mais calmo, graças a uma leve chuva no território, mas o fim de semana “foi catastrófico”, de acordo com as autoridades, que contabilizaram mais um morto no sábado (4) e a retirada de milhares de pessoas, além de “danos consideráveis”.

“Será feito o que for preciso, custe o que custar”, garantiu o primeiro-ministro em entrevista coletiva, após se reunir com a Comissão de Segurança Nacional para analisar medidas de combate aos incêndios.

Scott Morrison acrescentou que a ajuda provém do Orçamento do Estado e é independente de outros auxílios já aprovados. Destacou que se trata de um “acordo inicial” que poderá subir, se necessário, caso os danos aumentem.

A medida é adotada depois da decisão de convocar 3 mil militares da reserva para reforçar o combate aos incêndios e após a disponibilização de cerca de 12,5 milhões de euros para alugar quatro hidroaviões e outros meios aéreos que o primeiro-ministro anunciou no sábado, ao final de um dos piores dias da onda de incêndios.

O anúncio de Morrison, no entanto, ocorre após semanas de críticas pela falta de resposta aos incêndios, que se intensificaram no mês passado quando o primeiro-ministro decidiu ir de férias para o Havaí, no meio da crise.

Prejuízos
No momento em que a chuva dá ligeira trégua aos bombeiros, as autoridades aproveitaram para divulgar os primeiras dados sobre os prejuízos, depois de um fim de semana com temperaturas de 50º C.

O estado de Nova Gales do Sul, o mais populoso da Austrália, continua a ser o mais afetado pelos incêndios. Os bombeiros confirmam a destruição de cerca de 60 casas nos últimos dois dias e alertam que o número poderá subir para várias centenas quando todo o território for inspecionado. Além disso, estão confirmados 18 mortos e duas pessoas desaparecidas.

Em Victoria, o governo regional contabilizou 200 casas destruídas pelas chamas no fim de semana, a maioria no município de East Gippsland, que abrange a localidade de Mallacota, onde a fumaça impediu a retirada, por via aérea, de 300 pessoas cercadas pelas chamas há vários dias.

A fumaça também afeta outras cidades, como Melbourne e Camberra, onde a falta de visibilidade e a baixa qualidade do ar levaram ao fechamento de creches.

Os incêndios, considerados dos piores do século na Austrália, fizeram com que países como os Estados Unidos, o Canadá, a Nova Zelândia, Singapura e França enviassem bombeiros, helicópteros e militares para ajudar no combate ao fogo.

O primeiro-ministro australiano agradeceu, em mensagem divulgada no Twitter, “o apoio e a assistência” dados pelos “amigos internacionais” em um “momento de necessidade”. Lembrou também o apoio de países do Pacífico, como Vanuatu ou Papua Nova Guiné, que ofereceram dinheiro e pessoas para auxiliar nos trabalhos.

Fonte: Portal Leouvê