Lei que institui a Semana de Conscientização sobre a síndrome deve ser sancionada nesta sexta
Janaína Costa, 48 anos, é mãe da Maria Clara, ela conta que o atendimento ajuda muito, principalmente no desenvolvimento da fala. “Tenho muito a agradecer à Rodolfo Schilieper e à APAE. Hoje não imagino minha vida sem estes atendimentos”
Dia 21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down. Esta data especial foi criada com objetivo de conscientizar mundialmente a população e dar visibilidade a todas as pessoas que possuem o cromossomo do amor, como é conhecido o fator genético que causa a síndrome.
A Síndrome de Down foi pauta na Câmara de Vereadores de Canela, na última segunda (9), através do Projeto de Lei Legislativo (PLL) 01/2020, que institui a Semana de Conscientização sobre a Síndrome de Down. O projeto teve iniciativa do vereador Ismael Viezze (PDT), a pedido da fonoaudióloga Priscilla Machado Toledo.
Aprovado por unanimidade, a lei deve ser sancionada nesta sexta (20), pelo Prefeito Constantino Orsolin e, a partir de 2021, Canela terá uma semana dedicada a atividades e conscientização sobre a síndrome.
O que já é feito
Em Canela, a Escola Especial Rodolfo Schlieper atende seis alunos com Síndrome de Down, na faixa etária de 4 a 9 anos. Antes mesmo da idade escolar, estas crianças recebem atendimento clínico e terapêutico através da APAE de Canela, com poucos dias de vida iniciando com a estimulação precoce e fonoaudiologia, depois passando para psicologia e fisioterapia, além do atendimento com psicomotricista e assistente social.
Os professores da escola especial procuram investir nas grandes potencialidades que essas crianças apresenta, favorecendo a participação efetiva dos estudantes com diferentes necessidades e possibilidades de aprendizagem.
Além dos alunos da escola especial, a APAE de Canela realiza atendimento de estimulação precoce e fonoterapia com oito bebês, de idades entre 0 e 3 anos, e 6 adultos, com faixa etária até 50 anos.
Segundo a fonoaudiologia Priscilla Toledo, a Síndrome de Down é uma condição genética causada pela presença de um cromossomo a mais no par 21 também, conhecida como Trissomia 21, que mesmo sendo comum a todos, é possível que cada um seja muito diferente com suas particularidades, potencialidades e história familiar.
“Por isso é tão importante o Dia Internacional de Atenção a Síndrome de Down, da mesma forma que também é tão importante a lei que institui a Semana de Atenção a Síndrome de Down na cidade de Canela, ara que todas essas pessoas que carregam o cromossomo do amor possam contagiar de afeto as pessoas que os rodeiam”, explica Priscilla.
Famílias confirmam avanços com o atendimento
A reportagem da Folha esteve conferido o trabalho realizado na Escola Rodolfo Schilieper e conversou com as famílias, na última quarta (18).
Estavam presentes na atividade a pequena Emilly Gomes, 4 anos, Natlyn Prado, 6 anos, João Victor, 8 anos, e Maria Clara Santos, 9 anos.
Walkyria Pretes Machado, 53 anos, mãe de João Victor, disse que foi notória a evolução de seu filho após ingressar no atendimento. “As pessoas diziam que ele nunca ia caminhar. Hoje ele voa. Eu acompanho todas as crianças atendidas aqui, é impressionante como, apesar de terem a mesma síndrome, cada um tem a sua particularidade e potencialidade. É muito amor envolvido”, afirmou Walkyria.
Janaína Costa, 48 anos, é mãe da Maria Clara, ela conta que o atendimento ajuda muito, principalmente no desenvolvimento da fala. “Tenho muito a agradecer à Rodolfo Schilieper e à APAE. Hoje não imagino minha vida sem estes atendimentos”.