Canela,

25 de julho de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

O pulso ainda pulsa

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Sabe uma música muito famosa dos Titãs, lançada em 1989?

O pulso, com letra de Arnaldo Antunes, chegou a ser usado por Olavo de Carvalho, como fundo a uma manifestação pró-Bolsonaro, contra a vontade do autor.

Na letra, Antunes encarreira uma série de doenças e condições de saúde, a maioria com terminação e, “ia”.

Queria ver o Arnaldo rimar Covid-19, queria (só pra rimar). Mas, em certo trecho, o autor coloca a palavra estupidez, assim como a raiva e o rancor, entre as doenças, antes de afirmar que o pulso, ainda pulsa.

Interessante que, 31 anos depois, muitas das enfermidades citadas já têm cura, outras têm vacina e diversas foram controladas ou até extintas.

Mas, a estupidez, a raiva e rancor ainda estão entre nós, em números maiores que os da pandemia de coronavírus.

“E o corpo, ainda é pouco”.

Em qual mentira você quer acreditar?

A pauta da semana foi a maneira em que o Governo Federal passou a divulgar os dados da Covid-19 no Brasil, e também seu horário.

Parece que existe uma discrepância entre o que o Governo Federal diz e os Estados. Fica a impressão que existes cidades/estados que empurram seus números para cima, e outros para baixo.

Vale lembrar que são os municípios que repassam os números para os Estados e, estes, por sua vez, os repassam para Brasília, que apenas os compila.

E, é claro, que a União não está acreditando muito no que os Estados estão informando. E tem motivo, basta ver que cada vez que o avião da Polícia Federal baixa em algum recanto de nosso país  varonil, os números deste local caem na metade, porque existe uma auditoria.

Aí eu pergunto, quem está fiscalizando estes números da Covid-19, rincões e metrópoles afora, pelo Brasil. Pois existe sim, uma motivação política em prolongar a pandemia, em incha a pandemia, pintando um retrato do caos, enquanto bilhões, eu disse bilhões, saem dos cofres da União para os Estados e Municípios e as compras com dispensa de licitação se multiplicam.

Então, caro leitor, fique atento, não existe virgem na zona, mas pense bem em qual mentira você prefere acreditar.

“No escurinho do cinema”

Falando em nebuloso, enquanto você está vendo NetFlix e chupando drop’s de anis, logo entrará em  pauta na nossa gloriosa Câmara de Vereadores de Canela o valor dos subsídios dos agentes políticos para 2021/2024 (prefeito, vice, vereadores e secretários).

As notícias de bastidores é que os salários devem ser significativamente reajustados. E, nesses tempos de vacas magras e invernos longos que teremos pela frente, quando a Prefeitura não consegue projetar as suas finanças em três meses, poderão os proponentes do projeto e nossos nobres edis analisar para votar este aumento para os próximos quatro anos.

“Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck”

Perguntar não é ofensa, proposta não é pecado! Há algum tempo, se justificava a sessão da Câmara de Vereadores ser feita à noite com a narrativa de que, neste horário, a comunidade poderia assistir.

Agora, durante pandemia, nem mesmo público as sessões têm.

Então, meu caro leitor, nesta cidade gloriosa, que em ritmo normal, há gente buscando seu sustento em feriados, dias santos e fins de semana, em todos os horários do dia, tal justificativa não se sustenta. Além do mais, quem perder o horário da sessão ao vivo e quer mesmo assistir, vai lá na rede social e assiste o vídeo gravado.

Diante disso, lá vai a proposta: já passou da hora da Câmara de Vereadores ter a sua sessão durante o dia, iniciando às 13h, 13h30min. Afinal, como bem dizem nossos representantes do povo, eles são vereadores 24 horas.