Grande gargalo da volta às atividades durante pandemia segue sendo a educação
Faz algumas semanas, assisti um bate papo de pré-candidatos em uma transmissão de Facebook, no qual a pauta era “como o poder público iria incentivar e promover a retomada do turismo na região”.
Imediatamente saquei meu celular enviei ao candidato um ditado que minha vó usava: “governo que não atrapalha, já ajuda bastante”.
Obviamente, o candidato, com o qual tenho uma ótima relação, disse que respeita minha opinião mas discordou dos meus pensamentos. Eu por minha parte, encerrei o assunto, afinal, como que alguém que almeja um cargo eletivo iria concordar com isso? Fiz, mesmo, só para marcar posição.
Pois bem, cerca de um mês depois, a coisa continua igual.
Vivemos em um país onde não pode ter buffet no restaurante, mas se estuda a volta do público aos estádios de futebol.
Por aqui, não pode aula, mas se faz um esforço gigantesco para conscientizar a população de que é seguro, sanitariamente, ser mesário voluntário ou ir votar nestas eleições.
Isso para citar apenas alguns paradoxos, mas, a educação segue sendo o grande gargalho da volta às atividades durante a pandemia e o ponto de discussão entre políticos de diversas correntes.
Ainda, nesta semana, o Conselho Nacional de Educação aprovou resolução que permite o ensino remoto nas escolas públicas e particulares até 31 de dezembro de 2021. O mesmo documento recomenda que as escolas não deem faltas aos alunos nesse período todo de pandemia. Como em outras resoluções durante essa crise, mais uma vez o CNE também não recomenda a reprovação em 2020 e sugere juntar os anos letivos.
Nesta pegada, as cidades de Uruguaiana e Triunfo, afirmaram que não vão cumprir o calendário estabelecido pelo Governo do Estado para a volta às aulas. Em contrapartida, o governador Eduardo Leite disse que não autorizaria eventos nestas cidades, já que a educação deve ser prioridade.
Qual a solução, ninguém sabe, resta aguardar os próximos passos.
No país do faz de conta, a gente segue a mercê da decisão política.
E agora, Eduardo?