Custo do HCC em março chegou a R$ 3 milhões
O prefeito de Canela, Constantino Orsolin, detalhou números do enfrentamento à Covid-19 em Canela, durante fevereiro e março deste ano. Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa, realizada de forma virtual, na manhã desta terça (30).
Aumenta o custo de manutenção do Hospital
Com o aumento de casos na cidade, cresceu também o custo de manutenção do Hospital de Caridade de Canela, que ficou em R$ 3.029.216,51, até o último dia 28.
Deste valor, cerca de 19%, R$ 597 mil foram custeados pelo Governo do Estado. Cerca de 36% custeados com recursos do Governo Federal, mais de R$ 1,16 milhão.
A grande fatia da manutenção da casa de saúde continua saindo dos cofres públicos de Canela, que paga mais de 44% dos custos, representando mais de R$ 1,31 milhões.
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Fotos: Reprodução
O HCC somou 5.564 atendimentos em fevereiro de 2021. Um acréscimo de 1610 atendimentos em relação ao mesmo mês de 2020.
Detalhando os custos da casa de saúde, Constantino usou como exemplo o custo do oxigênio, indispensável no tratamento de pacientes com Covid-19. O insumo teve um aumento de 1.539% gasosa (cilindros) e de 436% na forma líquida (tanques), comparando os meses de fevereiro de 202o e 2021.
Comparando os mesmos meses, o valor gasto com oxigênio cresceu 904%, saltando de R$ 11.844,16 para R$ 118.980,78.
Um paciente com caso moderado de Covid-19 utiliza até cinco litros de oxigênio por minuto. Nos casos graves o consumo pode chegar em 30 litros por minuto.
UTI apresenta dados positivos
Ao contrário do que disse o governador Eduardo Leite, que leito de UTI não é garantia de salvar vidas, os números de Canela mostram bons resultados. Conforme os dados de fevereiro deste ano, 42 pacientes passaram pela UTI Covid-19 do HCC. A média de internação ficou em 11,83 dias e o número de óbitos em 15, ou seja, 65% dos pacientes que ocuparam leito de UTI em Canela se recuperaram, número positivo, levando em conta a média estadual e nacional.
O número de hospitalizações para fevereiro, por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda), ficou em 94, ou seja, 52 pacientes ocuparam leitos clínicos, sem necessidade de tratamento intensivo.
Quantidade de atendimentos e medicamentos fornecidos impressiona
Se o HCC realizou 5.564 atendimentos em fevereiro, 2.188 foram feitos na Tenda Covid. Segundo o prefeito, este número poderia sem maior, não houvesse o atendimento realizado na USB Central, o Postão, que realizou 1.937 atendimentos apenas nas duas últimas semanas de fevereiro.
Com relação a materiais e medicamentos, foram gastos R$ 425.901,00, entre Tenda e UTI Coivd-19. Um aumento de 691% em comparação de entre os meses de fevereiro de 2020 e 2021.
Os gatos com tomografia, o exame considerado padrão ouro no diagnóstico da Covid-19, cresceu 586%, chegando a cifra de R$ 214,5 mil em fevereiro de 2021. Orsolin acredita que até abril, levando em consideração o valor que era pago pela tomografia particular contratada pelo HCC, o equipamento comprado para o hospital já tenha sido pago.
Desafios para os próximos períodos
Após cinco semanas em bandeira preta, os números de casos positivos de Covid-19, os atendimentos e internações vem caindo diariamente. Mesmo assim, exigem um sobre-esforço dos profissionais de saúde, com horas extras e turnos estendidos.
O pagamento da folha salarial do HCC segue rigorosamente em dia, batendo a casa de R$ 1,2 milhões por mês. Nada mais justo, afinal.
Por fim, o prefeito os desafios para as próximas semanas, que compreendem garantir o abastecimento de medicamentos, materiais e equipamentos para o atendimento de pacientes Covid, além de manter o quadro necessário de profissionais da saúde.
Os próximos passos incluem continuar as obras do CME – Centro de Materiais e Esterilização, habilitar o serviço de hemodiálise no hospital, ampliar o número de leitos de UTI e obter o alvará sanitário do HCC.
