Canela,

27 de julho de 2024

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Chico

360 GRAUS

Francisco Rocha

A máscara que os políticos querem que você use é esta da foto

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Se você não sabe, eu te conto: os políticos (em geral, desta afirmação se escapam 0,001%) querem que você use máscara, mas é máscara de palhaço.

O discurso deles é bonito, profissional, mas não se iluda, eles não aguentam críticas, nem mesmo as construtivas.

Se você não estiver com o nariz vermelho é “persona não grata”. Afinal, quem mandou você pensar? Quem mandou ousar ser diferente? Tem de gritar em coro: amém!

Há uma corrente em Canela que tenta nos convencer que ser crítico é ser contra o desenvolvimento, ser contra o crescimento, contra o progresso de Canela.

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Pois, bem! Prova disso é que esta coluna, a 360 Graus, sempre foi a mais odiada no meio político. Nem foi nem um, nem dois, político canelense que disse “eu sei que se andar fora da linha, viro capa da Folha” (tem gente lendo esta coluna e concordando com a cabeça, neste momento).

Exato: como diz a frase de autor desconhecido, “jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique, todo o resto é publicidade”.

Não me disseram que em Canela era proibido criticar. Não vi nenhuma lei, nem decreto que se referisse a tal fato, muito pelo contrário, existe um artigo na tal da Carta Magna que me garante o exercício da profissão.

Assim, a Folha é o último veículo de comunicação na prioridade de demandas de alguns agentes políticos. Foi assim com PP e MDB, só não foi com o PDT pois a Folha não existia ainda quando estiveram no poder, mas, ainda assim, tive minhas rusgas com os seguidores de Brizola.
Não há virgem na zona e não há almoço grátis. Se você não dançar conforme a banda, fica fora do salão. Se esquecem, no entanto, que quem não dança enxerga o baile por cima.

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E como já disse o poeta, “em bruxas não acredito, pero que las hay, las hay”…

O fim da Fundação Cultural de Canela

Fiquei sabendo do encerramento das atividades da Fundação Cultural de Canela pela fala do vereador Jerônimo Terra Rolim, na sessão da última segunda.

Não vou entrar aqui no contexto da fala do vereador, vou apenas me posicionar sobre o fato.

A Fundação Cultural de Canela surgiu como uma manobra administrativa para poder passar recursos para eventos. A Prefeitura passava o dinheiro e a Fundação fazia os eventos. Enquanto isso funcionou, os eventos aconteceram e a entidade tinha um objetivo, porém, sempre foi elitizada e partidarizada. Ah, e muita gente ganhou com isso, não sejamos hipócritas.

Que a Fundação teve muitos méritos, teve, mas também teve ações que levaram em consideração apenas a sua existência. Desde sempre, a Fundação, que era uma entidade privada, sobreviveu de recursos públicos, quando estes acabaram, a entidade definhou e deixou de existir.

Na minha opinião, a cultura é viva, ela diz para onde quer ir e como quer ir, gostemos nós ou não. Não é necessária uma casta superior para ditar os caminhos, algo que a Fundação tentou ser, como baluarte da cultura canelense.

Aliás, a cultura em Canela, de tempos pra cá (bastante tempo, aliás), é um adendo, uma vírgula, nas políticas públicas, com uma sucessão de erros, desde a escolha de quais eventos abraçar e onde colocar os recursos.

Ninguém é dono da cultura e por isso o que segue são os segmentos abraçados pelos próprios artistas. Não cabia mais à Fundação realizar os eventos, nunca coube a ela definir as políticas culturais e sem função ou representatividade, deixou de existir.

Cada vez que escrevo sobre determinados assuntos, fico me perguntando porque algumas pessoas ainda não se deram conta que Canela não tem dono, nem segmentos como cultura, esporte, história e por aí vai.

Que possamos aprender que ciclos iniciam e encerram, neste processo, nos deixam lições que devem ser seguidas. A palavra é esta, seguir, seguir em frente, com a lição que Canela não tem donos, em nenhuma área.

O que vamos fazer, então, daqui pra frente?