Canela,

4 de julho de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

No momento em que prepara Plano Diretor, Canela precisa agir nas áreas invadidas

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Área que era um lixão tem mais de 25 casas e prédio de três andares

Não é segredo para ninguém que Canela tem um grave problema de planejamento urbano, seja em qual área você for pensar a cidade, encontrará pontos deficitários. Atualmente, a cidade prepara sua revisão do Plano Diretor, um conjunto de leis que é atualizado de 20 em 20 anos e norteia todas as ações de ordenamento e crescimento.

Claro que, quando elaborado há 20 anos, nosso atual plano diretor não previa um crescimento tão grande e tão rápido da cidade e com a falta de fiscalização das seguidas administrações municipais, Canela passou a conviver com um problema crônico, as áreas invadidas.

Animação mostra que a invasão no Maredial se forma em 2006. A ocupação da pedreira aumenta a partir de 2010 e ocupação do antigo lixão inicia em 2016

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Durante a Semana do Meio Ambiente, o secretário Municipal de Meio Ambiente de Canela, Jackson Muller, disse existirem 35 áreas na cidade, entre invasões e ocupações irregulares.

Algumas delas são áreas de risco, como a ocupação no antigo lixão da Santa Marta. Além de ser um local insalubre, pois as pessoas moram literalmente em cima do lixo, trata-se de uma área de encosta, de difícil acesso, sem água tratada e energia elétrica.

O cúmulo é que novas construções surgem todo dia, aumentando o problema daquela localidade, exatamente o que acontece em diversas ocupações nas periferias de Canela. A reportagem da Folha encontrou um prédio de três andares, na área invadida do lixão, uma construção que é impossível passar desapercebida pela fiscalização, mas ela está lá, demonstrando a total inércia de quem deveria regular estas áreas. Além disso, existiam cerca de 15 casas lá, hoje são mais de 25. Não é preciso ter muita tecnologia para ver isso, basta abrir o Google Maps e olhar, como na foto que ilustra esta coluna.

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O problema das áreas irregulares vai além do pagamento do imposto. Goste você ou não estas pessoas moram lá, sem nenhuma presença do Estado. A falta de saneamento básico gera doenças, que vão ser tratadas pelo nosso sistema de saúde.

Lá, pelas condições de acesso, o Corpo de Bombeiros não consegue chegar, nem a ambulância do Samu. Sem a presença do Estado, é solo fértil para a proliferação de crimes e alguns locais quem entra e quem sai já é uma determinação de membros de facções.

Se preocupar com o centro é moleza, olhar o todo, bom, interessa a quem?