Canela,

13 de maio de 2024

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Deputados do Novo na ALRS defendem redução de ICMS ao invés de aumentar salários de servidores

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Foto: Talles Kunzler - Ostermann e Riesgo (Novo)

Com impacto previsto de mais de R$ 1 bilhão por ano, Bancada aponta que redução de imposto em energia elétrica trará benefício para toda a sociedade

A Bancada do Partido NOVO, composta pelos deputados Giuseppe Riesgo e Fábio Ostermann, defende que o governo deve reduzir ICMS ao invés de aumentar salários de servidores. O projeto de reajuste geral para o funcionalismo foi protocolado pelo governo do Estado e está tramitando em regime de urgência na Assembleia Legislativa. Riesgo e Ostermann já fecharam questão e irão votar contra a proposta.

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Ao contrário de elevar a despesa com o reajuste para servidores, a Bancada do NOVO sustenta que o mais adequado seria diminuir gradualmente o ICMS, em especial a alíquota que incide na energia elétrica. Giuseppe Riesgo e Fábio Ostermann apontam que a medida traria um benefício para toda a sociedade, inclusive para o funcionalismo público.

A lei não permite que haja reajustes diferenciados por categoria. Portanto, se há dinheiro sobrando no orçamento, deveríamos pensar em reduzir impostos para atingir os mais pobres. Seguir aumentando a despesa, ao contrário, é pavimentar o caminho para uma nova crise e para um novo tarifaço”, avaliam os deputados do Partido NOVO.

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Entenda o impacto

Atualmente, os impactos totais do reajuste nos cofres públicos será de R$ 1,2 bilhão em 2022 e de R$ 1,5 bilhão por ano a partir de abril. Pela normativa, o reajuste incidirá sobre as remunerações e os subsídios dos servidores públicos, civis e militares, de todos os poderes e órgãos autônomos, das autarquias e fundações públicas estaduais, assim como inativos e pensões. Serão atingidos 356,3 mil vínculos.

Efeitos da pandemia e da estiagem

Conforme os parlamentares, tendo em vista o atual cenário da economia gaúcha, com os impactos causados pela pandemia e os efeitos da estiagem, não faz o menor sentido elevar os salários no setor público estadual de forma generalizada.

Não é ser contra o reajuste especificamente, mas entender que estamos ainda enfrentando uma dura crise econômica e que os recursos do orçamento saem do bolso de todos os gaúchos”, afirmam Giuseppe Riesgo e Fábio Ostermann.

Os deputados explicam que tomaram o posicionamento contrário ao reajuste em função da grande parcela da população que sofreu com a crise do covid, das milhares de empresas que fecharam durante a pandemia, dos 500 mil gaúchos desempregados, do aumento do número de pessoas em situação de pobreza, entre outros fatores.