Coluna da Juliana Alano #107
Caro leitor, não é de hoje que o papel da educação é discussão entre quem deveria ser o responsável, a família ou a escola, e se tratando de educação financeira com certeza não seria diferente.
Nas escolas o assunto é uma novidade e tem gerado muitas especulações, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) incluiu a educação financeira entre os temas transversais que deverão constar nos currículos de todo o Brasil. É o que institui o texto introdutório do documento, homologado pelo Ministério da Educação (MEC). Contudo, muitas coisas precisam ser feitas e a primeira delas é capacitar os professores para que eles estejam aptos a ensinarem o conteúdo em sala de aula.
• SIGA A JULIANA NO INSTAGRAM
Para mim como educadora financeira a forma como será abordado na escola vai fazer toda diferença, as crianças podem amar ou ter impactos negativos baseados na prática da aprendizagem, uma vez que ainda na infância nós desenvolvemos nossa personalidade e com ela nossas crenças e convicções.
Por outro lado, falar de dinheiro dentro de casa ainda é um tabu, pois a realidade é que as famílias não costumam ter e ensinar educação financeira, acabam por negligenciar esse assunto que impacta muito a vida de todos, pois têm medo ou vergonha de falar. Quando as crianças tiverem acesso as informações na escola, os pais que antes não discutiam o assunto vão precisar falar ou pelo menos escutar os seus filhos.
• Confira todas as colunas da Juliana clicando aqui.
Imagine como seria se nossos avós na infância, tivessem tido a oportunidade de aprender sobre a ciência do dinheiro e ensinado aos nossos pais? Provavelmente a realidade de mais de 60% das famílias brasileiras não seria de endividamento, ou seja, pessoas que não conseguem viver com a renda que fazem.
Mas a dúvida aqui é se educação financeira se ensina em casa ou se aprende na escola? Existem muitas opiniões controvérsias, para mim as duas coisas precisam andar juntas, pois ambas têm papéis e responsabilidades diferentes no aprendizado. Os pais tendo consciência que os filhos precisam se relacionarem melhor com o dinheiro, mesmo que não o fazem oportunamente, precisarão aprender e incentivar a prática contínua para que o assunto se torne parte da rotina da família. Por outro lado, já deveríamos ter educação financeira na escola há muitas décadas, pois o ensino através de uma metodologia estruturada ajudará na construção de um aprendizado mais sólido e eficaz.
Ficamos na torcida para que juntos, educadores financeiros, família e escola possamos transformar a realidade da nossa sociedade através das finanças. E VOCÊ está FAZENDO a sua PARTE?