Canela,

4 de julho de 2024

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Chico

360 GRAUS

Francisco Rocha

A difícil arte de defender o indefensável, exercida pelos políticos canelenses

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A coluna 360 Graus desta semana trata do impasse dos Bombeiros, das irregularidades na licitação da Festa Colonial, da piora da qualidade do Legislativo Canelense e da notícia boa da semana, que é o Sonho de Natal

Prefeitura recuou, mas não justificou ofício sobre Bombeiros

Uma matéria polêmica geralmente faz duas coisas. A primeira é deixar a comunidade informada sobre algo que está acontecendo. A segunda é tirar os envolvidos de suas zonas de conforto, em geral, dando respostas à comunidade.

A matéria exclusiva da Folha, na última semana, sobre a possibilidade de perda dos Bombeiros Militares na cidade, fez as duas. Sacudiu Câmara e Prefeitura e obrigou os poderes a dar satisfação à população. Tanto que a Prefeitura emitiu nota à imprensa garantindo a permanência dos Bombeiros e o esforço conjunto para a finalização do novo quartel, junto ao Parque do Lago.

Porém, todavia e entretanto, a mesma nota da Prefeitura diz que o ofício publicado pela Folha estava fora de contexto.

A matéria foi conduzida por mim, investigação e publicação. Eu assino. Era uma matéria e não uma coluna de opinião. Era informação e não se pode brigar com a informação. A Prefeitura precisa saber disso. Aliás, em nenhum momento a Prefeitura questionou o documento publicado, o que significa o que todos já sabíamos, o documento é verdadeiro e ainda não foi ratificado ou cancelado.

O jornalista, ao tomar conhecimento de um fato relevante, tem a OBRIGAÇÃO moral e profissional de publicar, sob pena de ser conivente ou omisso. Eu fiz a minha parte.

Quem não fez a sua parte foi a Prefeitura que não explicou qual era o contexto de tal ofício, que dizia “não ser mais de interesse” de Canela a renovação do Convênio com os Bombeiros.

Vencemos mais um processo de danos morais

Eu bato no peito, orgulhoso, e digo: são 10 anos de Folha, 25 de profissão, e ainda não fomos, nem eu, nem a empresa, condenado por uma matéria que trazia informações mentirosos ou por alguma ofensa. NUNCA perdemos uma ação de danos morais.

Nesta semana, recebemos a notícia que uma ação movida contra a Folha, por parte de uma ex servidora de alto escalão da Prefeitura de Canela, foi considerada improcedente, graças a nossa certeza de estar realizando um jornalismo ético e do bom trabalho de nossa assessoria jurídica.

A sentença destaca: Em que pese, o teor possa ter gerado de “desconforto” à autora não justifica o pedido de indenização, pois não ficou caracterizada a vontade deliberada de lesar a honra alheia com expressões injuriosas ou caluniosas. Importante pontuar que há colisão de direitos fundamentais – liberdade de expressão e direito à honra – sendo que no caso a solução deve prestigiar a liberdade de imprensa, em razão dos serviços relevantes prestados pelos órgãos de comunicação na fiscalização de irregularidades, especialmente no que se refere a administração e gestão de órgãos públicos.

Seguimos…

Legislaturas seguem piorando, mandato após mandato

Em Canela, sempre que termina uma Legislatura – quatro anos, que é o tempo do mandato de um vereador – e se forma um novo grupo para ser representante do povo, vem as expressões “essa foi a pior Legislatura que já tivemos” e “não vão conseguir ser piores que os anteriores”

Pois bem, nossa atual Legislatura, além de fazer a Câmara de Canela virar puxadinho da Prefeitura, faz justiça à primeira expressão.

Mas, como conheço a aldeia política local, não tenho certeza de que a segunda expressão vai estar certa.

Proposições ou preposições?

Há algum tempo, a presidente da Câmara de Canela tem convocado os vereadores a votar as preposições. Acredito que ela se refira às proposições, pois, preposição, que eu saiba, são expressões usadas de conexão nas frases e nossos vereadores estão realmente desconectados da comunidade.

Para exemplificar, são preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás, entre outras. Eu não teria como votar em uma, gosto e utilizo todas em meu trabalho.

Porém, se a presidente tem convocado os nobres edis a votar pré posições, acredito que o termo esteja correto, já que os vereadores já vão com o voto tendo suas posições bem definidas, sem levar em conta a opinião pública.

Deve ser isso! Né, caros leitores?

Contrato da Festa Colonial que tranca pagamento dos músicos

Por outro lado, recebo a denúncia completa sobre as irregularidades na produção da Festa Colonial, a qual acabou trancando o pagamento de diversos profissionais canelenses, os quais não têm culpa da confusão feita e ainda seguem sem previsão de receber seus cachês.

A denúncia coloca em cheque a fiscalização do contrato, já que são mais de 12 itens não atendidos no edital.

Alô, Prefeito Constantino!!! Que tal tomar uma atitude?

Vem, que está chegando o Natal

A boa notícia para o canelense e para os turistas é que foi lançado o Sonho de Natal, na noite da última quarta (28), na Cervejaria do Farol.

O projeto vem forte, com vários espetáculos, priorizando a criação e os artistas locais, dentro do que era esperado da nossa secretária de Turismo e Cultura, Carla Reis, que é atriz e conhece bem este meio.

Ver nomes, a competência e a seriedade, como Luiz Alves, Fernando Martinotto e Adriano Dias, a frente das atrações, é muito bom.

Que seja um momento de retomada, não só da nossa economia pós pandemia, mas da força e da arte dos canelenses, através de nosso maior evento, deixando para trás as marcas da corrupção no turismo canelense.

E cá entre nós, até o sujeito mais bruto, tipo eu (grosso igual dois porcos abraçados), se emociona com nosso Sonho de Natal.

Aí que eu me refiro!