Canela,

22 de dezembro de 2024

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Leo de Abreu

VIRE O MATE

Leo de Abreu

VIRE O MATE – Pois aconteceu

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Hoje vou falar do tempo. Bem como a conversa que se começa na indagação da chuva ou da seca… que tempo brabo né?

O tempo que quero falar também, veio na semana me fazer lembrar de acontecidos que relatei na época em “‘textões” de Facebook. Lá, a lembrança de 8 anos atrás  me rememorou de edições passadas do rodeio daqui. Muito me queixava sobre a falta de identidade desses eventos que são um marco para o nossa cultura em relação a visitantes. Se tratava do maior evento fora dos setembros (digo nosso pela relevância cultural, ele é de uma entidade formal) era gigantesco e respeitado na região.

O fato é, que com o passar, essa força, a gana que a cidade tinha pelo evento se desprendeu do gosto comum. Cada um por aí, se queixa de uma coisinha diferente que justifique a falta do ânimo em ir prestigiar o Saiqui. Entre os pontos mais falados se ouve sobre a segurança, já se ouviu sobre a entrada ser cobrada, sobre os acampamentos que de campeiros não tinham nada, dificuldade pra estacionar, sobre os bailes não serem mais gaúchos… Pouco a pouco se extraviou a multidão.

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Já escrevi neste mesmo espaço que era a hora de irmos ao Parque de Rodeios, irmos todos visitar essa porta de Rio Grande aberta tão pertinho de casa… e digo agora passado o acontecido, a festa desse rodeio foi linda sim. Parabéns CTG Querência e demais organizadores. Em relação a público, arquibancadas cheias e boa logística pra circulação tranquila de visitantes, laçadores, seguranças e limpeza. Inegável que sempre há o que melhorar e todo ano é uma escola nova. Mas isso é do jogo, baile que segue porque num geral tava buenissimo!

E baile que segue e seguiu. Aqui não poderia me omitir dos fatos mais comentados por aí e que fazem vídeos circularem nas redes sociais. Os bailes!

Pois fui nos três, só pra ter o que escrever aqui (mentira). Nisso, já não posso aplaudir seus organizadores com o mesmo entusiasmo de um parque com arquibancadas amarrotadas de gente. Os bailes não foram tão felizes não em tradição. Sábado foi um sapucai em meio a guerra. Foi lindo de ver músicas de muito boa escolha encherem a sala enquanto “as de agora” que não remetem ao que é campeiro, enfraqueciam o salão. Quem estava lá viu o que digo. O baile de sexta foi de trancão, uma proposta muito bem reconstruída do conjunto que foi em outra época percussor do gênero Tchê Music. Porém, o baile de quinta… ah esse eu defendi tanto pra tanta gente e perdi a minha razão. Esse escapou por entre os dedos, e não foi gaúcho. A escolha do conjunto sem dúvidas foi pelo público que sempre lota onde eles passam, estão num nível de excelência em baile tem muitos anos, sou fã! Mas pecaram juntamente com a organização, porque em uma festa gaúcha acho que lembrar de ser gaúcho deveria ser requisito mínimo.

Agora, circula por aí, vídeos provando que muito em dança e vestes foi permitido. Erros que precisam rapidamente serem reconhecidos e prevenidos para uma próxima. Está chovendo “eu disse que ia ser assim” por aí e esse ponto deu razão a muitos que falam e falam. Problemão! Não se trata de quem com quem. Novos tempos EXIGEM resiliência pra muito, mas um salão de baile gaúcho precisa ser respeitado.