Canela,

21 de dezembro de 2024

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Cáritas: Projetores, apartamento e carro foram apreendidos, na fase que investiga turismo

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Equipamentos de projeção foram devolvidos à Prefeitura, para uso público. Mobiliário apreendido teria sido confeccionado com parte da decoração do Sonho de Natal

A Polícia Civil de Canela realizou, nas tardes desta terça e quarta (10 e 11), complemento à 10ª fase da Operação Caritas, que investiga corrupção na administração pública da cidade. Em nova investida, policiais civis cumpriram cinco medidas judiciais, também focando na área de turismo e eventos.

Na oportunidade, um imóvel, avaliado em cerca de R$ 1 milhão, foi sequestrado pela Polícia Civil de Canela. Localizado no centro da cidade, ele pertence a um dos investigados e ficará à disposição da Justiça para garantir eventual ressarcimento aos cofres públicos.

Um veículo de alto padrão, avaliado em cerca de 140 mil reais, também foi apreendido e pode servir como ressarcimento.

Foram cumpridas buscas em uma pousada localizada no centro da cidade, nas proximidades da catedral, sendo apreendido mobiliário. Segundo apurado pela Polícia Civil, o material utilizado para confecção do objeto seria ferro pertencente ao patrimônio da Secretaria Municipal de Turismo e teria sido desviado do galpão da Prefeitura Municipal em favor de agentes e servidores públicos lotados na Pasta.

A Polícia Civil também efetuou a apreensão de três projetores, avaliados em cerca de 270 mil reais, que teriam sido doados por um banco à Prefeitura Municipal. Os objetos, utilizados na projeção de espetáculos junto à Catedral de Pedra, teriam sido direcionados, no entanto, a uma empresa particular de eventos, sem integrar o patrimônio público. Na medida, a Polícia Civil de Canela, ao apreender os projetores, fez a entrega dos aparelhos à Secretaria Municipal de Turismo, para que efetivamente seja de domínio e uso unicamente públicos.

Outras medidas ainda foram cumpridas, com a requisição de documentos à Prefeitura Municipal de Canela.

As medidas são complementares ao inquérito policial que apura práticas criminosas no âmbito da Secretaria de Turismo no ano de 2018 a 2022, cujos autos foram remetidos ao Poder Judiciário em dezembro, com 23 pessoas indiciadas.

O principal investigado, o ex-secretário Municipal de Turismo, Angelo Sanches, tido como líder do grupo que atuava na área do turismo, segue preso, tendo, inclusive, mais um pedido de relaxamento de prisão negado, nesta semana.