Canela,

3 de julho de 2024

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Leo de Abreu

VIRE O MATE

Leo de Abreu

Vire o Mate: Lua quem me viu

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Que semana de lua linda! Então, por hora alguns versos dum romance feito pra ela há muito tempo já.

Lua quem me viu

Esperei na janela numa minguante, e tu nem viu

Noite escura em que um capão de mato ainda guardava meu assobio 

De tanto afundar carrero no corredor pro teu ranchito 

Embalei coplas dum tema novo, então criado e nunca escrito.

Na lua cheia tudo eu via parecendo meia-tarde

Me atentava um quero-quero de hora em hora fazendo alarde

Na minha ideia tu apeava de uma estrelita logo ali

E eu te entregava um amor inteiro, que guardei só pra ti!

/ Lua quem um dia me viu, eu que custei ver de volta 

Já me desconheço sozinho, me tens em carinho e sei que não solta

Canto se é certo nem sei, outra hora farei poema melhor

Até una zambita me atrevo aunque me encuentre lejos, quisa hasta mejor /

Ah o que fui numa crescente, replantei sementes já senti se vindo

E nem pensei no fruto adentrando nostalgias do meu querer florindo 

Sabendo mais dos dias agora, numa ambição verdadeira 

Sei por quem passo as noites em claro imaginando esperas junto a solera

Em frestas do catre,  mundinho posteiro ou sobre um moirão 

Caseriando ou rondas, te penso lua a pouca luz e serração 

A mesma refletida em mim que instiga assim guitarrear e escrever

Também te lumia no rancho, me fazendo bem sem nem tu saber!