Canela,

3 de julho de 2024

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Fê Brandão

EU VEJO VOCÊ

Fernanda Rosa Brandão

EU VEJO VOCÊ – Você é medicina para muitas pessoas, está sendo pra você também?

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Ao abrir os olhos pela manhã, está sendo medicina para tua família, em apenas um bom dia, tenha um dia especial, pegou o lanche, levou o casaco? Eu você e todos os seres humanos temos este poder divino e não custa nada, por isso precisa praticar mais, pois é de graça e não é nenhum sacrifício, te garanto.

É medicina quando deseja bom dia. Quando ajuda alguém a levar uma sacola. Quando deixa um carro passar. Quando para na faixa de segurança. Quando divide um lanche. Quando contribui com o trabalho que o colega não conseguiu terminar a tempo. Quando é gentil com seu aluno. Quando chega alegre e isto é transmitido. Quando junta algo que deixaram cair. Quando diz uma palavra de acolhimento. Quando dá um abraço sem intenção. Quando ensina algo novo a seus alunos. Quando conversa com seu filho sobre alguma dúvida. Quando é gentil ao ouvir o outro. Quando diz uma palavra que o outro precisava ouvir.

Todas essas atitudes são simples e geralmente está acostumada a praticar com o outro. Porém é tão automático e fácil que não valoriza. Tenho certeza que a partir desta leitura você vai valorizar mais ainda e fazer cada vez melhor e com mais amor, pois sabe que pode salvar o dia de alguém, que não está muito bem.

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Pensa agora que tem o poder de mudar o dia de alguém com apenas um “bom dia”, e sim um desejo que seu dia seja bom e especial que vem do coração.

Agora uma pergunta: tu está sendo a medicina dos outros, e de você?

Você é sua medicina quando: se olha dentro dos olhos no espelho, fala afirmações pra si, confia no seu potencial, ama inclusive seus defeitos, quando se prioriza, escuta as músicas que gosta, faz o que gosta pelo menos uma vez na semana, sai com amigas para conversar, entende que antes de qualquer papel que exerça na vida e no dia a dia, o de mulher é o primeiro que chegou. Então primeiro olhar pra ele, depois todos os outros, filha, esposa, mãe, educadora.

Este assunto tem tudo a ver com a Pedagogia Sistêmica, porque antes de ser educadora é uma mulher, com suas feridas e traumas, como todos os humanos. E é essencial olhar para esta parte, para que em sala de aula e ambiente escolar, estes traumas e feridas não se transformem em conflitos com os alunos, pais e colegas.

Uma educadora tinha um sério problema com um aluno que chorava muito na sala de aula. Ela ficava muito irritada e não sabia como lidar. Após buscar ajuda, lembrou que quando ela era criança não podia chorar, os pais diziam para deixar de ser manhosa. Uma lembrança que estava no inconsciente, ao vir para o racional traz clareza e direcionamento para ressignificar este ato de um aluno, o qual pode acontecer ainda muitas e muitas vezes.

Quando está ciente porque lhe afeta tanto, cabe a educadora decidir como vai agir em relação a isto. Autoconhecimento para entender e escolher como vai seguir. E não esqueça: “EU VEJO VOCÊ.”