Canela,

27 de abril de 2024

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Cabelo

OPINIÃO FORTI

Márcio Diehl Forti

Até Parece que foi Ontem

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Parece que foi ontem que a notícia chegava como uma bomba. A administração colocaria realmente o Centro de Feiras a venda. E já tinha até o destino dos recursos. Ginásio na Celulose, Investimentos na Escola Especial Rodolfo Schilieper, construção de uma UBS no Leodoro Azevedo, investimentos em Cultura e atenção especial através de projetos ao idoso.

Neste meio tempo, para quem não lembra, parte da comunidade se insurgiu contra a venda do espaço parcialmente abandonado e, muito ocioso. Redes sociais bombaram, vereadores tomaram cada qual seu lado, secretários se manifestaram, uma audiência pública aconteceu e o prefeito bateu o pé e depois saiu em férias. Uma liminar apareceu, o Projeto de Lei não foi votado mas ele permanece de certa forma pairando pelos ares pesados e quentes da cidade de Canela.

Quando eu começo o texto desta coluna com o “parece que foi ontem” não é pra utilizar nenhuma metáfora nostálgica e sim para dizer que em menos de trinta dias muita coisa aconteceu e muito do que, de repente, não sairia do papel sem a venda do Centro pode estar ganhando forma.

O Chico trouxe a notícia sobre uma possível construção do sonhado Ginásio Municipal com recursos vindos de outras formas. A administração anunciou que o Leodoro vai ganhar sim uma UBS e de quebra surgiram mais vagas no bairro para Escola Infantil. Menos de um mês atrás o Centro de Feiras seria a única maneira de se chegar a este tipo de situação.

A cultura começa a aparecer mais, com o exemplo do show do músico Pedro Jules no complexo do Canelinha. Quem sabe os idosos em breve tenham novidades assim como a querida escola Especial que fica no SESI. Existem ótimas formas de se captar recursos e prestigiar diversos setores da sociedade. Fica a dica para todo mundo que se manifestou há menos de um mês atrás: que siga o debate. Que se tragam ideias, que se busquem soluções. O Centro de Feiras continua sendo um problema a ser resolvido. Se não vai se vender o que podemos fazer? Está na hora de amadurecer e conversar de forma coerente e adulta sobre o mesmo. Não existe forma de vender ou não se deve vender? Então quem sabe aproveitar. Existe vida inteligente e gente trabalhadora na nossa cidade. Se unir os dois acho que dá um match legal. Mas que não se lembre da discussão gerada por ele daqui há um ano ou daqui há três como um fato extraordinário e que ficou na memória da nossa comunidade.

O Incômodo das Pessoas Públicas

Existem muitas pessoas em cargos públicos que andam incomodadas com críticas recebidas em relação ao seu trabalho perante a sociedade canelense. Sugiro mudarem o disco. Esses dias ouvi de uma pessoa que exerce ocupação pública: “é muito pouco o que ganhamos em relação ao transtorno que nos gera!” Eu não sei, sinceramente, se ela não sabe que o cargo dela não é convocação militar. Primeiro que ela não é obrigada a estar ali, segundo que quando entrou no cargo ela já sabia os valores que receberia. A iniciativa privada pode pagar mais, gerar menos transtornos mas ela exige resultados. E garanto que a pressão é gigantesca também. E geralmente ela não vai ter apadrinhados em outros cargos dentro da empresa, fica aí a dica.

A propósito quando escrevo ou falo nos meus espaços na rádio também sou suscetível a críticas. Sabem o que faço: algumas absorvo, outras faço de conta que não é comigo e outras respeito. E tento melhorar. É da vida e é assim que funciona.