Canela,

17 de julho de 2024

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União pelo Aeroporto Internacional das Hortênsias

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Expectativa é tirar do papel o projeto da área da Fazenda do Ipê, em Canela

Uma importante iniciativa aconteceu na tarde desta terça (21), no Grande Hotel Canela, que recebeu autoridades, representantes de diversos órgãos públicos e empresários da Região para acompanhar a apresentação do projeto e estudo de viabilidade do Aeroporto Internacional das Hortênsias, em Canela.

A convite da ACIC – Associação Comercial e Industrial de Canela, as lideranças se reuniram para conhecer a proposta, que surge como alternativa para recuperação da malha área de transporte, com os problemas enfrentados com outros aeroportos, como o Salgado Filho, de Porto Alegre, que está sem operar por tempo indeterminado, após as enchentes que atingiram a Capital e Estado do Rio Grande do Sul.

O projeto

O projeto, criado pela empresa Cápsula, foi apresentado por Alan Furlan. Segundo ele, 51,6% dos passageiros que desembarcam no Salgado Filho têm como destino a Região das Hortênsias, um número significativo, que por si só justificaria o empreendimento em Canela.

O projeto concebido para utilização da área na localidade da Tiririca, às margens da RS 476 (Estrada do Passo do Inferno) sofreu uma série de melhoramentos em relação ao original, do início dos anos 2000, visando tornar o empreendimento mais atrativo para atrair empresas que gostariam de viabilizá-lo e operá-lo, além de companhias aéreas que possam abrir linhas diretas com Canela, que seria o portão de entrada da Região, no que se refere a voos comerciais.

Segundo Furlan, a obra custará algo entre 600 e 720 milhões de reais, mas o modelo que está sendo proposto é que ela seja viabilizada com recursos da iniciativa privada, no qual a empresa vencedora de uma concorrência realizaria o investimento, tendo a contrapartida de operar o Aeroporto das Hortênsias por um determinado tempo.

Quanto à outorga para a instalação de um Aeroporto em Canela, Alan esclarece que ela está ativa e não existe um prazo de validade, mas duas ações urgentes devem tomadas. Primeiro, correção da posição do Município quanto à renovação da outorga, uma vez que, com a desistência do projeto, no passado, houve uma formalização de não interesse na renovação.

Após, é necessário definir a área como futuro local do Aeroporto e impedir que surjam ocupações no seu entorno que possam dificultar a descida das aeronaves. Ao mesmo tempo, definir as áreas que ainda não foram desapropriadas como de interesse público, para que os técnicos possam acessá-las, bem como equipes de topografia e sondagens.

Ainda, a Prefeitura de Canela deve autorizar a atual equipe de técnicos para atuar no processo junto à ANAC – Agência Nacional de Avião Civil e por fim, realizar a abertura do processo de licenciamento ambiental junto à Fepam.

Furlan acredita que o tempo para estas primeiras ações leve algo em torno de três anos e com tudo definido, seria possível abrir o edital de Parceria Público Privada.

Importante destacar que, na visão dos técnicos que desenvolvem o estudo, os aeroportos de Canela, na Tiririca, e de Caxias do Sul, na Vila Oliva, não são excludentes, nem mesmo concorrentes, pois trabalharam com públicos e objetivos distintos.

União de esforços dos Municípios das Hortênsias e Governo do Estado

Com a presença dos prefeitos Constantino Orsolin, de Canela, Nestor Tissot, de Gramado, e Marcos Aguzzolli, de São Francisco de Paula, o projeto conta com a manifestação de apoio dos Municípios das Hortênsias para a viabilização. Diversos representantes do Governo do Estado também estiveram no encontro, bem com um deputado estadual.

O secretário de Turismo do Estado, Luiz Fernando Rodriguez Junior, ficou feliz com o fato de que várias empresas já manifestaram interesse em conhecer o projeto e poderiam participar da concorrência para execução do mesmo. “Esta é uma iniciativa que nasce na Região e se projeta para o Estado, como alternativa de recuperação da malha área e do Turismo. Nós, do Governo do Rio Grande do Sul seremos parceiros na iniciativa e estaremos juntos para desembargar processos, na medida do possível”, afirmou.

A empresária Any Brocker Guimarães, CEO do Grupo Brocker Turismo, falou em nome do trade turístico, destacando a importância da Região para o Estado e do Turismo como mola propulsora de negócios e da economia.

O prefeito Constantino Orsolin frisou necessidade da união de todos os municípios das Hortênsias para que este projeto avance.