Canela,

1 de julho de 2024

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Cabelo

OPINIÃO FORTI

Márcio Diehl Forti

Copa do Mundo, Olímpiadas e Gente Estranha Pedindo Voto: Uma coisa em comum

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Chegou aquele momento clássico: aqueles cidadãos que aparecem de quatro em quatro anos com toda a simpatia possível. Te dão tapinha nas costas, falam de projetos mirabolantes, te elogiam nas redes sociais e ao final soltam o clássico: “conto contigo”.

Eu já me considero veterano em eleições. 28 anos de voto me mostraram alguns caminhos, me deram algumas noções e, olhem só, quase me fizeram entrar na política. Cheguei a colocar meu nome a disposição, certa feita, como pré-candidato há um bom tempo atrás. Alguns me alertaram sobre as dificuldades que eu teria, seja por não querer investir um dinheiro que obviamente eu não tinha ou também pela falta de aptidão para ser simpático com quem eu não tinha qualquer afinidade. Desisti logo e acho que nunca criarei essa coragem.

Acredito que a primeira obrigação que qualquer candidato a vereador deveria ter era ao menos fazer uma prova de aptidões. Ler e escrever obviamente são importantes (contém ironia), mas saber as funções destinadas aos mesmos é essencial. Vereador legisla, fiscaliza, tem missões essenciais mas nem metade do que a maioria promete, sequer tem o poder para cumprir.

Muitos amigos e pessoas queridas passaram pelo crivo do voto. Alguns bem sucedidos a maioria nem tanto. Tanto os eleitos quanto os não eleitos na maioria das conversas que tive nutriam alguns arrependimentos.  Um político antigo, Nereu de Oliveira Ramos (segundo o google) soltou a máxima: “Política é a arte de engolir sapos”. Alguns desses amigos que conversei experimentaram e pelo jeito não ficou um gosto bom. Fazer política é uma arte quando bem feita, o problema é que é muito difícil de fazer ainda mais em uma sociedade como a nossa.

Aos pré-candidatos que começaram a pular de todos os lados, fica uma dica: ouça com atenção os seus próximos, avalie todos os cenários e pense muito bem nas suas estratégias de campanha. Assim como vocês podem fazer elogios e promessas falsas o eleitor também falsamente vai dizer que vai votar em vocês. E ainda vai dar tapinha nas costas. Portanto pré-candidatos, desde já aviso: não contem comigo. Meu voto é muito importante para eu fazer promessas que não poderei cumprir!