Nunca, antes, na história do nosso Canella, cinco nomes concorreram a prefeito, coisa que pode acontecer pelo cenário que se desenha na política para 2024.
Marcelo Savi (MDB), Gilberto Cezar (PSDB), Enfermeira Cristina (PP), Fernando Weck dos Santos ou o advogado Andrei Mendes de Andrades (Federação Brasil Esperança) e ainda Erni Schaeffer ou Carmen Cramer pelo PL.
Em outros momentos, já tivemos quatro candidatos, como em 1992, com Ernani Reis (PTB), Adelar Dias (PDT), Darci Thomazi (PDS) e Ghünter Schliper, que venceu pelo MDB.
Depois, em 2000, tivemos Júlio Cesar Nogueira pelo PT, Jorge Brusius pelo MDB, Cléo Port pelo PP e Vellinho Pinto pelo PDT, esta a famosa eleição vencida por Vellinho pela diferença de 47 votos, com 7.144 para o PDT e 7.097 para o PP.
Depois, em 2004, Cléo Port (PP), Constantino (MDB), Paulo Tomasini (PDT) e Marcelo Parmegiani pelo PT. Nova eleição apertada, com vitória de Cléo com 9.895 contra 9.604 de Constantino, apenas 231 votos de diferença.
Faço este raciocínio para mostrar que a história nos ensina que em eleições com mais nomes, aconteceu uma polarização e foram as mais apertadas. Em outras com dois ou três candidatos, as diferenças foram maiores.
Isso ocorre porque os partidos menores tiram votos dos candidatos principais, evitando que eles disparem na preferência do eleitor.
2024 terá uma eleição polarizada e apertada, com chances para ambos lados da disputa principal entre PSDB e MDB, pode anotar, caro leitor.
A história nos ensina que os egos são maiores que o amor por Canela
Este colunista, já há alguns anos, acompanha as tentativas de coligações de tribos partidárias em Canela. Já presenciei, assim, no sentido de pessoalmente mesmo, coligações que seriam vencedoras, serem desfeitas em cima da hora, porque este ou aquele cacique do partido não aceitava sentar na mesma mesa que o cacique do outro partido.
Não teve cachimbo da paz que ajudou. Moral da história, ambos perderam a eleição.
Neste ano, vi a mesma coisa. Partido A acredita que tem chance de ganhar, quer a cabeça de chapa ou um número maior de secretarias, não firma o apoio e vai sozinho.
Ao fim e ao cabo, bem no fim mesmo, alguns interesses ou mágoas pessoais se sobressaem ao interesse da cidade ou dos grupos que compõem os partidos.
Renovação?
Teremos alguns nomes novos nesta eleição. Ainda bem. Esta será a chance do canelense poder votar diferente, principalmente para a Câmara de Vereadores. Renovação nos quadros principais, teremos poucas.
Isto porque os partidos atuais têm donos. Todos eles, sem exceção. Mas, e sempre há um mas em tudo, neste ano sairemos do ciclo Vellinho – Cleo – Constantino, o que por si só já será uma renovação para Canela, que foi governada pela tríade por 27 anos. É muito para uma cidade que tem 80 aos de emancipação política.
Que os jogos comecem!