No último domingo, 18 de agosto, uma operação da Patrulha Ambiental (Patram) resultou na prisão de 26 pessoas envolvidas em uma rinha de galos no Campestre do Tigre, em Gramado. A ação foi desencadeada após uma denúncia que levou os agentes até um galpão de alvenaria onde ocorria a prática ilegal.
No local, a equipe da Patram flagrou a realização de apostas e constatou a presença de 13 galos da raça Índio Brasil vivos e dois já mortos, evidenciando o crime de maus-tratos a animais. Além disso, um adolescente de 13 anos foi apreendido no local. Durante a inspeção, os agentes também encontraram uma cozinha improvisada em condições insalubres, onde eram vendidos alimentos como pastéis fritos.
Outro crime constatado no local foi a manutenção em cativeiro de um pássaro silvestre da espécie Pomba Asa Branca, uma infração grave contra a fauna nativa.
Diante dos crimes identificados, os agentes apreenderam o dinheiro das apostas e deram voz de prisão aos 24 envolvidos diretamente no crime de maus-tratos a animais. Um Termo Circunstanciado foi confeccionado no local.
Os dois responsáveis pelo galpão, identificados como pai e avô do adolescente apreendido, foram encaminhados ao Hospital de Gramado para exames de lesões e, posteriormente, apresentados na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Gramado. Eles responderão pelos crimes de maus-tratos a animais, cativeiro de fauna nativa, corrupção de menores e crime contra as relações de consumo.
Os galos foram deixados sob a responsabilidade de seus respectivos tutores, enquanto os equipamentos e demais materiais utilizados na rinha foram apreendidos pelos fiscais ambientais. As medidas administrativas cabíveis foram tomadas para assegurar que os responsáveis sejam punidos conforme a lei.