Sabe aquela fala do Lula, em que ele admitiu que ia soltando números e números, mesmo sabendo que era mentira? Vemos isso acontecer por aqui também, muitos números são soltados no ar, sem a mínima aproximação com a verdade.
Os candidatos sabem que ninguém vai checar e eu admito, poderia, mas também não vou checar. Algumas das coisas que os candidatos falaram, de lado a lado, não tem o mínimo fundamento. Mas e daí?
Fosse este jornalista contrapor em seus espaços de opinião, teria sua rede social inundada pela militância digital, novamente, de todos os lados, com mais comentários que não tem a mínima aproximação com a verdade.
No fim, quem vai votar no lado A, seguirá votando no lado A, e quem votará no lado B, seguirá votando no lado B.
O raciocínio de nosso colaborador, Márcio Diehl Forti, o Cabelinho, citando Engenheiros do Hawai, na semana passada, eu poderia assinar embaixo. Quando ele cita a frase de Humberto Gessinger: “eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada”…
Para ir mais adiante, poderíamos utilizar outra letra de Engenheiros, em “Ninguém é igual a ninguém”, Humberto diz:
Me espanta que tanta gente minta
Descaradamente a mesma mentira
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
A única coisa que eu não concordo com o Cabelo é a sua avaliação de Engenheiros, dizendo que a banda é superestimada. Eu por exemplo, acho muito massa a banda gaúcha, mesmo sendo quase que uma cópia nacional do rock progressivo americano, mas, como o próprio Gessinger cantou: uma certa impressão, uma certeza imprecisa, quem não precisa de uma versão, uma tradução?
A estranha campanha eleitoral de Canela
Tive a oportunidade de participar dos dois debates a prefeito do SindTur, Canela e Gramado. A Folha foi a responsável pela parte técnica da transmissão ao vivo e lá estávamos levando áudio e vídeo para as plataformas digitais.
Estranhamente, em Gramado, Município onde tudo demonstra que o atual prefeito Nestor Tissot lidera com folga, os ânimos estão acirrados. No debate realizado, na terça (24), houve desentendimento entre os candidatos e o clima chegou a estar tenso.
Por outro lado, em Canela, que ao que tudo indica a eleição está mais acirrada, os candidatos não se confrontam. Mais um pouco rolariam beijos e abraços durante os debates. Andrei é o que mais chega perto de uma alfinetada nos adversários.
Aí meu leitor vai dizer: que bom, mantém o nível.
Depende, o nível de amizade, talvez, mas as respostas, seguem genéricas e vazias, na maioria das vezes, não respondem as perguntas.
Essa é, sem sombra de dúvidas a eleição mais estranha dos últimos anos em Canela.
Baixa adesão dos empresários
Outro fator que me chamou a atenção no debate do SindTur, na relação entre Canela e Gramado, foi a baixa participação do trade turístico de Canela. Poucos foram ao Grande Hotel para acompanhar o debate que era focado no turismo.
Em Gramado, diversos empresários, inclusive aqui de Canela, foram lá acompanhar.
Debate Folha
Nesta sexta (27), teremos o último debate das Eleições 2024, promovido pela Folha.
Se liga nas nossas plataformas digitais e acompanhe. Serão todos blocos de perguntas livres e com candidatos sorteados.
Será que o destino colocará os dois principais candidatos frente a frente por mais de uma vez?