Lendo este título você deve estar imaginando que vou falar da composição da Câmara de Vereadores. Até vou, depois, mas antes preciso falar das grandes vitórias coletivas conquistadas nesta eleição, porque, por óbvio, Gilberto e Tolão foram os grandes vencedores individuais.
Olhando atentamente o resultado das urnas, com a grande votação de Grazi Hoffman e Rodrigo Rodrigues, vê-se que o partido mais vitorioso dessa eleição foi o PDT.
Pela primeira vez na história du Canela, o PDT faz o vereador mais votado. Uma mulher, jovem, concorrendo pela primeira vez. Seu segundo candidato eleito também é um jovem que concorreu pela primeira vez.
O PDT abre uma porta gigante para a sua renovação, para voltar a ser uma força política viva, ao abandonar nomes de velhos caciques e figurinhas carimbadas. Este, talvez, seja o caminho a ser seguido por outras siglas, que seguem apostando em nomes que só tem força dentro de seus diretórios.
Aliás, novamente, coloque Nêne Abreu e Lucas Dias nesta conta, vereadores eleitos, os mais votados de seus partidos, também concorrendo pela primeira vez.
A Câmara de Vereadores vai respirar ares diferentes. Haviam quatro vagas para renovar, as dos vereadores que não eram candidatos a uma cadeira: Vellinho, Alfredo, Luciano e Marcelo.
Renovaram cinco, pois não podemos considerar Leandro Gralha, Carmen Seibt, Caputo, Joãozinho e Danany como renovação, já que Carmen foi vereadora titular neste mandato e os demais foram suplentes que assumiram cadeiras por um bom tempo.
E, por fim, a não reeleição de Alberi Dias, esperado por muitos como o vereador mais votado, inclusive por mim, mostra o fim de um ciclo político e de uma onda do MDB que não vai mais acontecer em Canela.
Mesmo assim será diferente na casa do povo. O recado das urnas foi claro, avassalador.
Em uma outra coluna, abordarei algumas considerações sobre a eleição majoritária.
Por enquanto, parabéns os eleitos e que tenham a competência necessária para fazer valer os votos recebidos. Canela precisa continuar, assim como todos nós temos que trabalhar hoje, porque nascemos inteligentes e modestos, mas não herdeiros, pelo menos no meu caso.