Canela,

22 de dezembro de 2024

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Festim assinado pelo chef mineiro Felipe Rameh é neste sábado (19)

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Foto: divulgação

Neste sábado, 19 de outubro, o chef mineiro Felipe Rameh estará em Gramado para comandar o festim desta edição do 16º Festival de Cultura e Gastronomia de Gramado, no restaurante Don Milo. 

O jantar será realizado em conjunto com o chef da casa, Diogo Menezes, e irá valorizar ingredientes regionais brasileiros com um toque autoral. A harmonização dos pratos será feita com rótulos das vinícolas gaúchas Bebber e Cristófoli. 

O festim acontece a partir das 19h e tem valor de R$ 270,00 (com harmonização incluída) por pessoa. Os ingressos podem ser adquiridos através do link https://bit.ly/festimdonmilo.

Com experiência internacional, o chef Felipe Rameh atua nos restaurantes Tragaluz em Tiradentes e el MAI em Belo Horizonte, além de abrir as portas da sua própria casa para oferecer uma experiência cheia de sabores e saberes em eventos particulares e corporativos no projeto chamado de “CASA FLORESTA”. Rameh também se destaca na televisão apresentando o programa “Coisas Daqui” no GNT e o “Rameh Cozinha” exibido pela Rede Minas. Antes de desembarcar no Rio Grande do Sul, ele contou sobre a expectativa para o festim em Gramado e fez uma análise do momento atual da gastronomia brasileira. 

Qual a tua percepção do atual momento da gastronomia brasileira?
“Temos uma geração de chef brasileiros capaz de pesquisar e aprofundar a concepção de uma nova cozinha brasileira respeitado as cozinhas regionais e propondo um novo olhar, estabelecem uma nova relação dentro da cozinha que até então era um ambiente tóxico. Até pouco tempo atrás tínhamos poucos chefs, sempre homens, agora estamos em uma safra muito especial que estudaram em boas escolas e trabalharam com grandes chefs. É importante ter várias mulheres no protagonismo como a Bel Coelho, Paola Carosella, Manu Buffara, Manu Ferraz… elas estão lançando um olhar de valorização para as matriarcas da cozinha, uma geração que busca entender mais a fundo a origem da nossa cozinha.”

Como as influências dos lugares onde trabalhou (Paris, Londres, Espanha…) impactam no seu trabalho atual?
“Quando a gente visita outras culturas a gente amplia nosso repertório, outras maneiras de ver a natureza, a vida, a terra, isso é inspirador e provocador. Em alguns países existe uma otimização dentro das cozinhas, geralmente são menos pessoas para entregar, o que te obriga a aprender na marra, com o máximo de agilidade, de perfeição. Outro ponto é em relação a consciência no sentido do desperdício, nada se joga fora, tudo é aproveitado, o respeito com o ingrediente é muito grande. São países que têm estações mais definidas do que no Brasil, são insumos diferentes a cada estação. É um olhar mais sensível a cada estação, não é o que o chef quer fazer é o que a natureza oferece a cada estação.”

O tema do festival este ano é “É tempo de saborear nossas origens”, qual a sua visão sobre as diferentes cozinhas do Brasil?
“Eu acho que a gente tem uma cozinha que fala muito sobre a nossa história por ser um país que foi ocupado por diferentes culturas com um legado trazido da África e da Europa junto a uma cozinha dos povos originários. Entendo a cozinha brasileira como uma cozinha muito diversa por causa dessa mistura. Em cada região do Brasil temos um pouco mais ou um pouco menos dessas culturas fundantes. Como o caminho da nossa história, foram surgindo outras cozinhas como as cozinhas típicas, conectadas com os biomas onde eles estão. Uma vez que você teve um processo de colonização, você precisa das roças e das comidas típicas dos viajantes. Essa cozinha diversa fala sobre a nossa fundação e nossa posterior formação social.”

Como alguém que valoriza os ingredientes e preparos locais, qual a expectativa para o festim em Gramado? 
As expectativas são ótimas, estou honrado por ter sido convidado em uma cidade que é um dos destinos mais importantes do Brasil, em um estado riquíssimo, uma grande honra. Acho que vamos ter uma oportunidade de, em alguns pratos, fazer uma mistura cultural muito boa porque são duas cozinhas muito fortes, uma aposta boa!

Conheça o menu completo do festim:
Petiscos – Chef Diogo Menezes

  • Mil folhas de aipim / crudo de carne / mayo de chipotle / pupunha / piclesHarmonização: espumante Brut Rosé – Vinícola CRISTOFOLI

Menu de cinco tempos – Chef Felipe Rameh

  •  Jiló tostado com mostarda fermentada e mel silvestre  Harmonização: espumante Brut Rosé – Vinícola CRISTOFOLI

  • Barriga de porco crocante, purê de banana caramelada e mini vegetais  Harmonização: vinho tinto Pinot Noir – Guri – Vinícola BEBBER

  • Galinha enlatada, angu de milho crioulo, ravioli de miúdos e glace caipira  Harmonização: vinho tinto Pinot Noir – Guri – Vinícola BEBBER

  • Vertical de queijos e doces da fazenda  Harmonização: vinho Chardonnay – Vinícola BEBBER

  • Chocolate, chocolate, chocolate: brownie de chocolate, mousse de chocolate, flor de sal, nibs de cacau, gelato de chocolate amargo, telha de cacau, páprica picante e rúcula selvagem  Harmonização: espumante Moscatel – Vinícola CRISTOFOLI