Canela,

17 de outubro de 2024

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Igrejinha lamenta morte de gêmeas de seis anos de idade

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Foto: reprodução/Arquivo Pessoal

Mãe das meninas foi presa nesta quarta-feira

Duas mortes trágicas com sentimento de perplexidade. O caso de Manoela e Antônia Pereira, duas irmãs gêmeas univitelinas de seis anos de idade que morreram em um intervalo de oito dias ainda choca a comunidade de Igrejinha, no Vale do Paranhana. O primeiro óbito ocorreu no dia 7 de outubro e o segundo, na última terça-feira. Em comum entre os casos, ambas as meninas chegaram a ser encaminhadas pelo Corpo de Bombeiros Voluntários ao Hospital Bom Pastor, mas não resistiram. A mãe delas foi presa temporariamente.

A Polícia Civil prendeu temporariamente Gisele Beatriz Dias, mãe das gêmeas. O pai das meninas esteve na delegacia e prestou depoimento, mas não é tratado como suspeito.

O Portal G1 publicou que, um médico relatou, em depoimento à Polícia Civil, que a mãe tinha ‘ideias perversas’ para as filhas, segundo a Polícia Civil. A mulher ficou internada na ala psiquiátrica pouco antes das mortes das crianças.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Igrejinha, Graciano Ronnau, ao Portal G1, que atendeu o caso mais recente, os “quadros das duas crianças eram muito semelhantes”. Ambas foram socorridas em casa, no loteamento Jasmim, no bairro Morada Verde, em parada cardiorrespiratória.

A família já havia sofrido uma perda trágica, já que outro filho do casal em idade adulta foi morto por suposto envolvimento com o tráfico de drogas.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Igrejinha afirmou, em nota, que tomou conhecimento do caso e vai “averiguar se houve, por parte do conselho tutelar, a violação do dever legal de proteger as infantes”.

Nota do colegiado do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Igrejinha:
“O COMUDICA, formado por representantes da sociedade civil e do Executivo, atua constantemente e de forma ativa na defesa dos interesses das crianças e adolescentes e no cumprimento da lei.
Informamos que não recebemos denúncias ou relatos de maus tratos envolvendo as gêmeas que faleceram, tampouco recebemos informações de falta de atuação do conselho tutelar ou da rede em acompanhamento deste caso em especifico, que pudesse gerar a abertura de sindicância ou PAD por parte do COMUDICA.
Tomamos conhecimento da situação pela imprensa e vamos averiguar se houve, por parte do conselho tutelar, a violação do dever legal de proteger as infantes, nos termos da lei, pois não toleramos qualquer violação de direitos.
Nos solidarizamos com a comunidade enlutada pelo falecimento precoce das crianças.
Confiamos nos trabalhos da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário, que estão atuando nas investigações pertinentes, e estamos sempre atuando junto com a comunidade para que a lei seja cumprida.
COMUDICA
15 de outubro de 2024″