A educadora financeira Juliana Alano explica sobre a mudança que está assustando os brasileiros
Caro leitor, um dos assuntos do momento é as novas regras do pix que é o meio de pagamento mais utilizado, superando é claro o dinheiro em espécie. Só em dezembro de 2024, ele foi usado por 76,4% da população brasileira.
Que o pix facilitou muito a forma de receber e pagar as contas isso é indiscutível, mas novas regras estão sendo usadas e deixando margem inclusive para golpistas que estão se aproveitando das fake news disseminadas para utilizar da imagem da Receita e fazer cobranças indevidas à população.
Então vamos lá, a primeira e mais importante informação que você deve saber para não pensar e falar bobagem:
– A Receita não vai gerar novas tributações: a grande verdade é que as pessoas não dão muita importância para a declaração de imposto de renda, que é obrigatório para todas as pessoas que tiveram rendimentos anuais tributáveis (como salários e aluguéis), superior ao teto estabelecido pela Receita Federal, que no ano de 2024 corresponde a uma remuneração mensal R$ 2.824,00 (2 salários mínimos) ou seja, mais de R$33.888,00 no ano. Poderia citar muitos exemplos sobre isso, principalmente do vivente tem um salário mínimo registrado e gasta R$5.000,00 na fatura de cartão de crédito.
Sim, o governo quer a fatia que cabe a ele e por isso está de olho cada vez mais, o pix foi um desses mecanismos, assim como a obrigatoriedade do TEF (Transferência Eletrônica de Fundos) um sistema que permite a realização de transações financeiras eletrônicas entre um estabelecimento e um cliente, em uma próxima oportunidade vou escrever sobre isso também.
– Operadoras de cartões de crédito, instituições de pagamento – incluindo plataformas e aplicativos – bancos virtuais e varejistas de grande porte que tenham programas de pagamento, são obrigadas a passar as informações a Receita: Antes apenas os bancos físicos eram obrigados a informar, sendo que o Brasil é o país com mais contas em bancos digitais no mundo, então era óbvio que em algum momento eles precisariam mudar as regras e foi o que aconteceu:
-Apenas informações com transações de R$ 5 mil ou mais realizadas por pessoas físicas e R$ 15 mil ou mais feitas por pessoas jurídicas, ou seja, as empresas: Aqui é que a educadora financeira que vos escreve fica preocupada, você não sabia provavelmente que esses valores divulgados é por instituição, ou seja, os valores não se acumulam, então as pessoas vão aumentar a quantidade de contas em diversos bancos, vão pagar mensalidades e tudo mais que vem atrelado ao relacionamento com os mesmos para ter várias contas e poder burlar o sistema, como consequência o caos das finanças pessoais vai ser geral.
Poderia falar muito mais sobre esses três itens que mencionei, inclusive para os MEIs, onde caberia uma coluna só para abordar e esclarecer melhor sobre isso. Então não entre no mimimi e pesquise mais sobre essas mudanças.
Para você que tem suas finanças organizadas não vai mudar exatamente em nada, agora meu amigo que não tem, comece a abrir teu olho, o cerco está fechando.