Entidades buscam apoio para recuperação
Após o resgate de mais de 100 animais em situação de maus-tratos em São Francisco de Paula, uma parte significativa dos cães segue em tratamento intensivo na cidade de Canoas. A ação, realizada pela Polícia Civil, PATRAM, Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade, e com a participação de entidades protetoras dos animais, revelou um cenário de total abandono e sofrimento. Muitos dos cães resgatados estavam desnutridos, doentes e sem qualquer tipo de cuidado veterinário.
Em postagens em suas redes sociais, Deisi Falci, que participou do resgate e de outras movimentações de salvamento de animais, relatou a gravidade da situação. “100 animais morrendo de fome e alguns literalmente morrendo de doenças sem nenhum atendimento veterinário. Isso precisa parar! Vamos combater TODOS. Nos aguardem!”, escreveu Deisi, destacando as condições extremas em que os cães estavam mantidos.
A resgataram cães com idades variadas, incluindo filhotes de apenas 6 meses, que estavam em um ambiente insalubre e lutavam pela sobrevivência. De acordo com Deisi, que compartilhou vídeos e fotos do resgate, “92 cães e uma panela de abóbora… 3 ou 4 bacias distribuíam a comida a cães famintos. Quem come? Só os mais fortes”. O cenário de extrema desnutrição foi confirmado, com mais de 80 cães apresentando sintomas graves de desnutrição e anemia, e alguns com risco de precisar de transfusões de sangue.
O resgate expôs, também, a exploração de filhotes, com preços elevados para a venda de animais, enquanto outros eram deixados em condições precárias de sobrevivência. Deisi questiona: “Imagina vender filhotes e preços exorbitantes e ainda deixá-los morrendo de fome?”
As entidades responsáveis pelo resgate estão arrecadando recursos para cobrir as despesas com tratamentos veterinários e cuidados contínuos com os animais. Doações financeiras e materiais são essenciais para a recuperação dos cães, e as informações sobre como contribuir estão disponíveis nas redes sociais das ONGs envolvidas no processo.
A Polícia Civil segue acompanhando o caso, e os animais continuam sob os cuidados das entidades protetoras.