Canela,

28 de março de 2025

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Chico

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Francisco Rocha

Os exemplos do Esporte que Canela precisa enxergar

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Tivemos, nas últimas semanas, dois bons exemplos do que o Esporte pode fazer. Em Gramado, a Super Copa reuniu 8 das melhores equipes de futsal do País. Recorde de público e de audiência em canais de TV fechada e streaming.

Cidade lotada, gente vindo de todo o lugar acompanhar os jogos e uma projeção absurda do nome de Gramado.

Claro, ainda, a experiência, para que pudéssemos ver de perto estes atletas ali no Perinão. Nas noites em que pude acompanhar no ginásio, muitos, muitos canelenses por lá. A maioria, quando parávamos para conversar, dizia a mesma coisa: nunca teremos algo assim em Canela!

Eu, por outro lado, não sou tão pessimista. Basta ver o baita evento que foi o Capacete Rosa, que tem como atrativo principal o torneio de vôlei feminino. Mais de mil pessoas passaram pelo Parque do Sesi, neste domingo (23).

Quero aqui fazer o registro que vi o secretário de Turismo, Rafael Carniel, e os vereadores Felipe Caputo (PSDB) e Grasi Hoffmann, durante todo o dia no Capacete Rosa. Não havia representante da Administração no fechamento do evento.

E aqui começa um dos nossos grandes problemas de Canela. Poucas pessoas da Administração Municipal gostam de esporte e frequentam os espaços esportivos. Já tivemos duas semanas de jogos da Série Bronze de Futsal e não vi um secretário por lá, nas noites de jogos, nem o prefeito Gilberto, nem o vice Tolão. E olha, amigo leitor, o público tem sido excelente, todas as noites.

Na manhã de hoje, o prefeito Gilberto concedeu entrevista ao Cabelo e ao Léo, na Clube FM. Ele falou sobre esporte, de maneira geral. Preciso concordar com uma afirmação dele e discordar da outra. Concordo quando ele diz que Canela tem muitos praticantes de esporte e precisa de mais espaços. Discordo quando diz que a comunidade não está tendo paciência para esperar uma solução para espaços esportivos.

Vale lembrar que Canela nunca teve um espaço público de qualidade. A maioria das competições aconteciam no Maristão, a última em 2019. Quando os Maristas resolveram que não era mais negócio para eles alugar o Ginásio, a realidade veio à tona.

Hoje temos o Carlinhos da Vila, precisando de muitas reformas, os ginásios das escolas, que são insuficientes, e espaços particulares, como o Sesi.

Nenhum espaço público. Entendo que o governo tem apenas três meses à frente da Prefeitura, mas a comunidade espera há anos este espaço. Aí não tem paciência que dê jeito.

Quem não conhece o Esporte Canelense e quem não gosta de esporte, poderia apenas se informar e tentar entender a importância da área. Quantos profissionais atuam na área do esporte.
São escolinhas, academias, educadores físicos, fisioterapeutas, lojas e de equipamentos esportivos e por aí vai.

Hoje temos diversos projetos sociais ancorados no esporte, sendo ferramenta para formar cidadãos e afastá-los da criminalidade.

Sem contar a questão da saúde. Tudo o que tenho escrito aqui, é chover no molhado. Só não vê quem não quer. Desacreditar, ou diminuir o esporte, dizer que não é ou não deve ser prioridade, ou relegá-lo a uma área periférica da cidade, é muita falta de conhecimento sobre o que de fato ajuda e movimenta uma sociedade.

Não estou dizendo que este é caso da Administração Municipal, mas, mesmo assim, acredito que todos os setores do governo poderiam se envolver mais na questão, para entender a sua importância.

Para finalizar, este domingo, os Bombeiros deram uma boa mostra disso. Em um evento alusivo ao Mês da Mulher, tendo como mote principal um torneio de vôlei feminino, promoveram o respeito e a valorização da mulher, desenvolveram atividades físicas e culturais para a comunidade, ofereceram serviços sociais, como massagem e doação de filhotes do Cempra, além de proporcionar uma tarde de lazer para as famílias.

Cerca de mil pessoas passaram por lá. Aqui em Canela, tudo isso custando um item de higiene pessoal.