O tema segue rendendo. Como falei na minha última coluna, o espaço estava aberto as partes envolvidas. Mandei alguns questionamentos a assessoria de comunicação do poder público os quais eu reproduzo na integra no espaço abaixo.
Colunista: Na conversa com as famílias foi tocado no assunto da disputa judicial entre a família proprietária do espaço Ingool e a Associação Mantenedora da Escola Ingo Lied?
Esclarecemos que a disputa judicial entre a família proprietária do espaço Ingool e a Associação Mantenedora da Escola Ingo Lied não foi pauta da reunião, uma vez que se trata de uma questão jurídica entre entidades privadas, não sendo de competência da Prefeitura intervir ou se manifestar sobre o assunto.
Colunista: A família afirma que, assim que for resolvida a questão judicial, vai colocar a venda o espaço para a iniciativa privada. Inclusive já houve propostas. Como a prefeitura analisa essa situação?
Prefeitura de Canela acompanha a situação com respeito às decisões judiciais e à legislação vigente. Por se tratar de uma possível negociação entre particulares, está dentro da esfera privada, e a administração municipal não possui competência legal para intervir nesses processos. Independentemente dos desdobramentos futuros, a Prefeitura reforça seu compromisso com a manutenção das vagas e com a garantia de um atendimento de qualidade às crianças e às famílias, buscando sempre soluções que priorizem o interesse público e o bem-estar da comunidade.
Colunista: Os vereadores da situação se declararam surpresos com a mudança de planos ontem na sessão da câmara. Não houve tempo hábil para avisá-los, tanto da reunião, quanto da decisão?
A Prefeitura de Canela preza pelo diálogo constante e pelo respeito institucional com o Poder Legislativo, reconhecendo a relevância da parceria entre os poderes para o bom andamento das ações públicas e o desenvolvimento do nosso município. Em relação ao caso mencionado, a decisão foi divulgada em caráter imediato, atendendo a um pedido dos pais na reunião realizada no mesmo dia, o que acabou inviabilizando a comunicação formal aos vereadores, já que a definição ocorreu minutos antes da sessão legislativa. Destacamos, ainda, que se tratava de uma medida de natureza interna da administração, que não exigia apreciação legislativa nem configurava matéria a ser encaminhada como projeto de lei à Câmara. Salientamos que diversos vereadores da base governista e de fora manifestaram apoio à decisão e parabenizaram a Prefeitura pela celeridade e sensibilidade na condução da situação, reconhecendo o compromisso da gestão com o bem-estar da comunidade escolar.
Colunista: A família Felipetti avalia que a estrutura da escola Ingool Lied é defasada e não reúne condições de atender as crianças. A prefeitura através da Secretaria de Educação fez as avaliações necessárias sobre esse aspecto?
Atualmente, o espaço da Escola Ingool Lied atende à Educação Infantil conveniada ao Município. A estrutura pedagógica é acompanhada e fiscalizada pelo Conselho Municipal de Educação que considera o local adequado para o atendimento das crianças. A Secretaria Municipal de Educação mantém constante diálogo e monitoramento das instituições parceiras, sempre com foco na qualidade do ensino e na segurança das crianças. No encontro realizado com as famílias, foram abordados temas relevantes ao cotidiano escolar e ao fortalecimento da parceria entre escola e comunidade. Informamos que a questão jurídica envolvendo a família proprietária do espaço Ingool e a Associação Mantenedora da Escola Ingo Lied não foi objeto de pauta nesta ocasião.
Procurei, também, a Associação Educacional Cidade das Flores para um contraponto deles, mas não obtive resposta. Mas sei que eles enviaram a algumas pessoas documentos sobre a ação judicial atestando para um ganho de seu pleito, afirmando que a Escola só poderia sair do espaço se a família proprietária vender o imóvel e o mesmo for reformado ou reconstruído com ganho de construção de 50% a mais do que existe hoje. Olha, se analisarmos o que provavelmente acontece com grandes terrenos na região, é de se imaginar que duas torres de prédios cumpram com essa premissa. Ao final essa decisão judicial tende a corroborar com a ideia da família de vender esse patrimônio. A saber os próximos episódios desta novela.
A Carne de Porco e o Alberi
Na sessão de segunda-feira, Alberi Dias, vereador do MDB, vociferou contra a merenda servida em algumas escolas. Segundo ele, é um absurdo servirem bife de fígado e carne de porco às crianças. Alegou, inclusive, que a carne suína é muito perigosa e deveria ser consumida, no máximo, uma vez por ano, pois pode fazer mal.
Às vezes, me pergunto se é tão difícil uma pessoa se informar antes de abordar certos temas em público. Em pleno 2025, qualquer pessoa sabe que a carne suína é hoje manipulada de forma profissional, com os animais sendo protegidos e alimentados corretamente. Porco, atualmente, não come “lavagem” e está longe de ser perigoso. Sugiro, inclusive, ao nobre edil que conheça o frigorífico M Carnes, localizado próximo a Canela, em Santa Maria do Herval, e que faz sucesso com cortes como chuleta, costelinha e matambrito. Todo o processo é certificado, e tenho certeza de que se pode consumir carne suína várias vezes ao ano com segurança.
Hoje, ao me preparar para escrever sobre essa fala de Alberi, percebo que nem foi o pior momento dele nesta semana. Acaba de ser condenado novamente. Vale lembrar que ele já enfrentou processo na Câmara anteriormente, em 2022, e foi salvo por parte de seus colegas. Na ocasião, os vereadores Paulo Tomasini, Andresa da Conceição e Mario Weirich, além do próprio Alberi Dias (acreditem), votaram pela manutenção de seu mandato. Coincidência ou não, nenhum deles permanece na Casa, com exceção do próprio Alberi, que era suplente e assumiu uma vaga após a renúncia de Joãozinho Silveira. Cadeira perigosa, essa, aliás!