Estive na última sexta-feira no CIDICA, para o evento de lançamento do livro A História do Teatro de Canela, escrito pela querida Lisiane Berti. Uma obra que preserva uma trajetória centenária construída por muitas mãos. O teatro em Canela é algo que deveria ser muito mais celebrado. Nossa cidade nasceu respirando essa arte, e muitas pessoas contribuíram intensamente para que ela se espalhasse por décadas e mais décadas.
Atualmente, alguns abnegados tentam manter acesa a chama do teatro. Caso da própria Lisi Berti.
O evento, lotado, reuniu diversas pessoas que estiveram, ou ainda estão, ao lado da autora nessa batalha. Outras tantas apoiam a cultura à sua maneira. Que lindo ter estado presente. E que bom saber que ainda existe esperança, e gente que se importa com nossas raízes e histórias.
Sobre a autora, sou suspeito pra falar. O currículo da Lisi a coloca no panteão das grandes mulheres da história da nossa cidade. Ela tem paixão pelo que faz, tem coragem, tem indignação e sabe exatamente o seu lugar nisso tudo. Eu brindo à pessoa Lisiane Berti e à sua capacidade de defender sua bandeira e de reunir ao seu lado as melhores pessoas nessa defesa. Uma conduta exemplar!
Conduta Coerente
Na última terça-feira, estive novamente no CIDICA, desta vez para conferir uma palestra e um bate-papo com José Ernesto Marino Neto, diretor e um dos responsáveis pelo Kempinski Laje de Pedra. Ele foi bastante claro sobre o propósito do hotel e os conceitos da empresa. O alto padrão é um nicho que deve ser explorado e é esse o público que eles buscam. Nada de errado nisso.
O empresário também se mostrou conectado com a realidade de Canela, suas carências e óbvias necessidades. Foi coerente com a proposta que defende.
Conduta Vexatória (de novo)
Eu, sinceramente, gostaria de estar falando de outras coisas. Mas não tem como evitar o assunto que envolve o vereador Alberi Dias.
Todos já sabem que ele foi condenado em primeira instância. Terá total direito de recorrer e, até que se apresente o trânsito em julgado, não é oficialmente um condenado. Mas o fato é que o vereador do MDB expõe seus colegas semanalmente. E nem estou falando só do caso citado acima.
Analisem algumas das indicações do edil e me provem que estou errado. Uma das últimas foi propor um espaço com estacionamento para 10 mil veículos em nossa cidade. Sejamos um pouco simplórios, digamos assim: se o estacionamento comportar 9.000 veículos tradicionais, 500 motocicletas, 300 ônibus e 200 vans, ele precisará de uma área aproximada de 308.000 metros quadrados. Calculando que o custo do metro quadrado na nossa cidade seja de mil reais, o investimento apenas no terreno seria de 308 milhões de reais.
Não faz sentido algum. Mesmo.
E os vereadores nem votam contra a indicação, porque ela não tem obrigação de ser executada e nem vai acontecer não é mesmo? Mas o fato é que ele constrange constantemente seus pares com situações como esta.
Se a conduta não é vexatória, a atuação certamente é. Não à toa, o vereador teve uma redução de 52,46% (ou 538 votos, para ser exato) na sua votação neste último pleito. Eu, às vezes, ainda tenho um pouco de fé no povo em relação às suas escolhas.