Canela,

18 de novembro de 2025

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Chico

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Francisco Rocha

O Vôlei Feminino, o Fut7 e o exemplo da Taça Bona Tintas para o esporte canelense

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Acredito, sem medo de errar, que o prefeito Gilberto Cezar não sabia destas situações, e que vai determinar urgência para corrigir tudo o quanto antes

Na última semana, a equipe da Folha esteve nas finais do Vôlei Feminino, do Futsal Sênior e da Taça Bona Tintas. Todas foram transmitidas ao vivo pelo Portal da Folha TV no YouTube. Além disso, levamos ao ar uma rodada da Série Ouro de Futsal e acompanhamos a abertura do Campeonato Municipal de Fut7.

O grande número de competições, reunindo esportistas, famílias e torcedores, mostra a importância do esporte para os canelenses. Isso eu já escrevi diversas vezes, e repetir seria chover no molhado.

A final do Vôlei Feminino, no dia 11, lotou o Ginásio Carlinhos da Vila. Foi um público animado, com famílias inteiras e uma transmissão que chegou até Phoenix, nos Estados Unidos, além de Nova Zelândia, Madri e várias regiões do Brasil.

No sábado, dia 15, no Parque do Sesi, a Taça Bona Tintas de Futsal de Base repetiu o cenário. O ginásio estava cheio, a tarde ensolarada e as famílias ocuparam cada canto para prestigiar os pequenos atletas. E quem não estava vendo o jogo aproveitou o gramado, a pracinha, a área verde e a copa. Foi mais do que uma final, foi uma tarde agradável.

Fico imaginando a final do vôlei em um espaço assim. Mesmo com as limitações do Ginásio do Sesi para futsal oficial, o local acolhe a comunidade, e isso faz diferença.

Na sexta-feira, dia 14, o Fut7 começou no Campo da Celulose. A energia era ótima, com atletas empolgados e uma competição que inicia com vinte e duas equipes. Mas, apesar do esforço do DMEL, a estrutura deixou a desejar. Faltaram banheiros, faltou um espaço adequado para a torcida e a iluminação não acompanhou o entusiasmo dos atletas. Tudo muito distante do que o esporte canelense merece.

Agora vem a crítica direta: final do vôlei, final do sênior, final da Taça Bona Tintas, e nenhum político apareceu. Nenhum secretário municipal, nenhum vereador. A única exceção foi Filipe Caputo, presidente da Câmara, que estava lá porque o filho jogava (vale o registro de que o guri realmente joga bola, ao contrário do pai, que apenas insiste em acreditar nisso, mesmo com dois pés direitos).

Como nossos políticos vão pensar em valorização do esporte se não conhecem os espaços esportivos, não convivem com a comunidade e não escutam quem vive o dia a dia das quadras?

Tenho plena certeza de que o prefeito Gilberto Cezar não sabia da situação precária da iluminação da Celulose. E, mesmo com o ano caminhando para o fim e com as dificuldades financeiras que a Prefeitura enfrenta, assim que ele tomar conhecimento disso vai pedir para resolver com urgência. Não deve ser tão caro assim: alguns metros de cabo e alguns refletores. Prefeito, por favor, dê uma olhada nisso.

Para encerrar, duas observações.

A Taça Bona Tintas deixou claro que competições em lugares com um pouco mais de estrutura se transformam em tardes e noites agradáveis, que é exatamente o que o esporte entrega quando tem condições. Hoje, o único espaço em Canela com potencial para algo semelhante ainda é a área da Celulose. Com um pouco de cuidado do poder público, muita coisa pode melhorar ali.

E, por fim, para quem reclama que “eu só escrevo de esporte”, fica o convite para ler todas as colunas antes de comentar. Frases do tipo “e a saúde?” surgem com frequência nas redes sociais. A comunidade precisa entender que esporte é cidadania, educação, saúde e muito mais. E vale lembrar que saúde e educação têm verbas definidas por lei. Investir no esporte não tira recurso de lugar nenhum. Se falta investimento em outras áreas, o problema vem de outro canto, e não da quadra.

De nada!