Canela,

30 de outubro de 2024

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Pai abandona criança em ônibus para se internar em clínica de reabilitação em Três Coroas

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Caso chamou a atenção, após ganhar repercussão estadual

Três Coroas – Um caso que chocou a região envolveu o abandono de uma criança de 3 anos dentro de um ônibus que fazia a rota Porto Alegre – Gramado na noite de terça-feira (22). O menino foi encontrado sozinho, e o pai, responsável por deixá-lo no veículo, alegou à polícia que tomou essa decisão para buscar tratamento contra o vício em drogas em uma clínica de reabilitação localizada em Três Coroas.

A Brigada Militar conseguiu identificar e prender o homem de 25 anos pouco depois do incidente. Através do sistema de videomonitoramento da rodoviária de Três Coroas, os agentes puderam acompanhar o momento em que o pai desembarcou do ônibus, deixando o menino para trás. As câmeras mostraram o suspeito se dirigindo até a clínica, onde ele buscaria tratamento.

Ao ser detido, o homem inicialmente negou ter abandonado a criança, mas, durante o interrogatório, acabou confessando o crime. Ele justificou sua ação afirmando que não tinha mais condições de cuidar do filho devido à sua dependência química. O pai relatou ainda que havia criado a criança sozinho após o abandono por parte da mãe do menino, deixando a responsabilidade exclusivamente sob seus cuidados.

A criança foi encontrada em condições precárias de higiene e saúde, o que fez com que fosse encaminhada ao Hospital Dr. Oswaldo Diesel. No hospital, os médicos constataram que o menino apresentava febre e sinais de maus-tratos, o que levou à sua internação imediata, sobretudo por suas condições especiais de saúde.

O pai também foi levado ao hospital para a realização de um laudo médico, antes de ser conduzido à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Taquara, onde o caso foi registrado. Ele agora enfrenta acusações de abandono de incapaz.

Apesar da gravidade do caso, o Conselho Tutelar de Três Coroas se recusou a emitir qualquer posicionamento sobre a situação. Em contato com a equipe de reportagem do Grupo Repercussão, o qual apurou o caso, os responsáveis afirmaram que não iriam se manifestar devido ao sigilo que envolve o processo.

O caso segue em investigação pelas autoridades, enquanto a criança permanece sob cuidados médicos e à espera de definições sobre seu futuro.

Com informações do  Jornal Repercussão Paranhana