Em tempos de polarização e superficialidade, ouvir a comunidade de forma estruturada e transparente talvez seja uma das tarefas mais nobres — e necessárias — da gestão pública. A consulta popular promovida pela Folha de Canela no contexto do Destaque Folha 2025 revelou muito mais do que números: ela trouxe à tona as percepções reais da população sobre o que está funcionando, o que precisa melhorar e onde o governo pode (e deve) agir com mais foco.
É compreensível que, à primeira vista, alguns resultados causem desconforto. A saúde, por exemplo, aparece com destaque entre os pontos de maior insatisfação, com o Hospital de Canela liderando as menções negativas. Isso, no entanto, não deve ser lido como um ataque, mas como um sinal claro — quase uma sirene pública — apontando onde estão os principais gargalos percebidos pelos cidadãos, coisa que o próprio Prefeito Gilberto, na campanha, já havia identificado, tornando o tema um dos principais do seu plano de governo.
Por outro lado, a mesma pesquisa revela que mais de 60% da população avalia positivamente o governo municipal, o que mostra que há crédito, confiança e uma expectativa de continuidade. As secretarias de Obras, Trânsito e Turismo são reconhecidas por sua atuação, o que indica que, quando há entrega e comunicação eficaz, a percepção acompanha.
Publicar esses dados é mais do que um gesto de transparência. É uma escolha editorial que valoriza o diálogo e fortalece a democracia. Afinal, um governo que escuta — de verdade — está sempre um passo à frente. Não se trata de agradar a todos, mas de corrigir rumos com base em evidências. Dados não mentem, e ignorá-los é desperdiçar uma chance de melhorar.
Neste sentido, a Folha de Canela reafirma seu compromisso com o jornalismo que serve à cidade, não apenas registrando fatos, mas criando pontes entre poder público e população. Que os números sejam lidos com maturidade, e que sirvam como base para decisões mais assertivas, mais humanas e, sobretudo, mais conectadas com quem vive a cidade todos os dias.
Esporte está crescendo
Por falar em corrigir rumos, temos que deixar um eloquente “aí que me refiro”, ao trabalho do DMEL. A Série Bronze foi um espetáculo, 40 equipes, ginásio lotado sempre e um grande evento na final. Parabéns à equipe do DMEL.
Por outro lado, Esporte não é prioridade
Já estamos no mês de Junho e, salvo uma ou outra intervenção, pouco foi feito no Carlinhos da Vila para melhorar a vida do esportista e de quem assiste. E aqui vai a ressalva, isso não é culpa do Departamento de Esporte, que fica no guarda-chuva da Secretaria de Educação.
Já se foram três meses de competição e nunca vi a secretária por lá, nem o prefeito, nem o vice. O único que apareceu, em uma final da base, foi o presidente da Câmara, Felipe Caputo.
Para resolver os problemas do esporte em Canela, precisa ter conhecimento de causa e para ter conhecimento, é necessário estar pessoalmente nos locais. É o tal do chão de fábrica.
Isso fica claro quando as intervenções feitas no ginásio melhoram, um pouco, a estrutura da escola ao lado, mas dificultam a vida de quem ocupa o ginásio para as competições.
De duas, uma: ou quem está fazendo estas intervenções não está nem aí para o esporte ou realmente não faz ideia do que está fazendo.
Se ao menos, quem autoriza estas obras falasse com o Departamento de Esportes ou com os esportistas, o resultado, com certeza, seria melhor para todos.
Diálogo, pessoal, Presença, por favor!
Quanto à polêmica na mudança da Série Bronze
Quanto à esta mudança, acredito que não será nada grave e que até pode vir a melhorar nossas competições. Temos que proteger a terceira divisão e valorizar a segundona.
Toda mudança causa estranheza, no início, mas acredito que no decorrer do processo, todos irão gostar, mas isso é assunto para outra coluna.