Canelense Fernando Andrade Alves preside a AMP/RS e fez palestra no Café de Homens
O promotor público tem por missão livrar a sociedade de seus incômodos. É, portanto, um servidor pago para se incomodar, por vocação. Assim o presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS), Fernando Andrade Alves se dirigiu aos presentes no dia 19 de julho ao Café de Homens, tradicional evento realizado mensalmente em Canela, por iniciativa da Comunidade Evangélica. Segundo ele, a Constituição de 1988, que redemocratizou o Brasil, ampliou as atribuições do Ministério Público, tornando-o praticamente um “fiscal de tudo”.
Alves, que é canelense de nascimento e por laços familiares e afetivos, apontou entre as amplas atribuições de um promotor áreas tão variáveis como a criminal, a penal, a urbanística, a ecológica, o uso das águas, a violência doméstica, a gestão pública, a proteção à infância, à juventude e aos idosos. “São imensas responsabilidades, resumidas na proteção à sociedade e, nela, especialmente aos mais fracos”. Tais e tão amplas atribuições exigem de um promotor público profundo conhecimento da realidade e da comunidade em que se insere. “Cada lugar é um aprendizado”, disse ele, lembrando ter passado por Sant’Ana do Livramento, São Borja, São Gabriel, Tramandaí, Osório, Passo Fundo e Porto Alegre. “Reputação irretocável e imparcialidade são dois atributos essenciais à função”, observou.
O presidente da AMP/RS aponta como um desafio da atualidade é o enfrentamento do crime ligado ao tráfico de drogas, a envolver uma tentativa de loteamento do território gaúcho pelas diferentes facções, as disputas e enfrentamentos entre elas, e a violência decorrente desse ambiente, marcado por homicídios e crimes bárbaros, “de extrema maldade”. Alves considera que o Ministério Público é o guardião dos processos, tendo por vocação levar paz à sociedade.
