Canela,

6 de agosto de 2024

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Chico

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Francisco Rocha

Em bruxas não acredito, pero que las hay, las hay

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Nosso tempo não produz mais ditados ou causos, vivemos a era dos “memes”.

O presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, publicou um vídeo, em seu Instagram, na função stories, neste domingo (12), em que o rosto do presidente Jair Bolsonaro aparece em uma montagem, conhecida na internet como “meme do caixão”.

Na minha época de adolescente, não existia internet e, para ilustrar alguma situação que pudesse levar a morte, usávamos a frase “caixão e vela”.

As coisas eram mais duráveis, desde os equipamentos eletrônicos até as expressões.

Eram. Há pouco tempo, você advertia alguém com a expressão “sabe de nada, inocente”, mas, “essa aí passou, essa aí passou, essa aí passou”, parafraseando o próprio Compadre Washington.

Não que os memes não sejam divertidos, eu me divirto com eles. O “meme do caixão” é muito engraçado.

Como você sabe, a infância determina boa parte da formação do adulto e eu fui criado em uma família de idosos. Minha avó tinha ditado para tudo, tudo mesmo. Eu sou apaixonado por ditados, já que eles representam a sabedoria dos mais velhos passando de geração em geração, sem terem frequentado bancos universitários e fazendo especializações, eles concluíam coisas, baseado na tentativa e erro e na observação.

Mas, não é porque o palhaço ri com você que ele é seu amigo.

Nesta pandemia do coronavírus, surgem cada vez mais especialistas em tudo. Este vírus fantástico, que só pega em quem trabalha, vem espantado a todos.

Minha vó, quando tentava me dizer que eu precisava buscar o equilíbrio, largava: nem bem calça de veludo, nem bem bunda de fora…

É isso que precisamos nos momentos atuais. Equilíbrio e saber que é o dono da casa que sabe onde estão as goteiras. Não adianta querer aplicar no Brasil o modelo da Alemanha, não somos a Alemanha, nem na economia, nem no futebol, nem na educação. Enfim, não somos, nem de perto a Alemanha.

Não adianta dizer para as pessoas lavarem as mãos e ficarem em casa, se algumas não tem água potável nem comida na sua residência e acreditem, tem muitas assim aqui em Canela.

Precisamos, ainda, reconhecer que paramos cedo demais, que é hora de voltar e que, talvez, tenhamos que parar mais um pouco ali na frente. Isso porque nossos governantes, do alto de seus cargos, não sabem com o que estão lidando e “mirando no escuro”, tentam acertar a lua.

Lembre amigo, quando você for tomar uma posição: é poupando o lobo que se sacrifica a ovelha.

E antes que venha com uma teoria da conspiração, dizendo que isso é só uma batalha política, preciso dizer que “em bruxas não acredito, pero que las haylas hay” e que papagaio que anda com João de Barro vira ajudante de pedreiro.

Boa semana a todos!