Canela,

15 de julho de 2024

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Atraso do Estado prejudica aplicação da segunda dose de CoronaVac em Canela

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Imunizante do Butantan também tem enviado de 10% a 20% menos da vacinas do que indicado nos frascos

Canela está sem vacinas para aplicação da segunda dose de CoronaVac para o grupo que fez a vacina há 20 dias e está entrando no período de completar a imunização. A falta de doses não acontece com o imunizante AstraZenica/Oxford.

Segundo a secretária Municipal de Saúde, Patrícia Valle, esta não é uma realidade exclusiva de Canela. Diversos municípios do Estado têm relatado falta de vacinas para a segunda dose, exclusivamente para o imunizante fabricado pelo Instituto Butantan.

Uma reunião no final da tarde desta quinta (22), deve definir a continuidade da vacinação nas cidades gaúchas. Segundo Patrícia, novas doses são aguardadas para a sexta (23) ou sábado (24). De qualquer forma, o drive trhu programado para este final de semana não vai acontecer.

“Há algum tempo, o município de Canela vinha guardando vacinas para a aplicação das segundas doses, mas, por orientação do Governo do Estado, passamos a utilizar todas os lotes recebidos para a primeira dose, avançando nos grupos prioritários. Porém, a quantidade de vacinas que temos recebido, principalmente na última semana, não está sendo significativa nem mesmo para a primeira dose. Assim, tivemos que paralisar a aplicação da segunda dose, que é a que garante a imunização”.

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CoronaVac com quantidade menor nos frascos

Outra dificuldade enfrentada pelos municípios é uma disparidade entre o que indica o frasco da vacina CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan, e o que ele realmente armazena. Segundo a secretária Patrícia, cada embalagem deveria contar 10 doses, mas, na maioria, tem no máximo nove, em alguns casos, apenas oito.

Assim, a cidade tem uma perda de 10% a 20% nas doses realmente aplicadas em relação ao que é informado pelo Governo do Estado que Canela recebe. Recentemente, o Butatan relatou que a diferença pode se dever à falta de habilidade na aspiração do produto, por parte de quem aplica.

Essa afirmação de técnica inadequada é rebatida pela secretária de Saúde. “Realizamos a vacinação contra febre amarela, contra sarampo, BCG e Tríplice Viral, nenhuma delas apresenta este problema de faltar doses. Nem mesmo a AstraZenica apresenta este problema, o que mostra que não é falta de capacidade de nossos profissionais e sim um problema da CoronaVac. Canela, assim como diversas outras cidades já notificaram o Governo do Estado e o Ministério da Saúde sobre essa quantidade menor nas ampolas da CoronaVac”, disse Patrícia.

Para o grupo que entra no período de receber a segunda dose da vacina, seriam necessários, neste primeiro momento, mais de 250 doses. Segundo o Vacinômetro, divulgado pela Prefeitura no último dia 12, Canela recebeu cerca de 5 mil doses de CoronaVac. A falta de 10% do produto nas ampolas implicaria em mais de 500 doses recebidas a menos do que informado pelo Governo do Estado.

Foto: Reprodução