O tal do aditivo que o Governo Leite propôs aos municípios com contrato vigente com a Corsan já foi assinado por 74 municípios, entre eles, Gramado.
Na minha opinião, o aditivo é uma desculpa do Estado, sob o pretexto do marco regulatório do Saneamento, para prorrogar os contratos antes da privatização da Corsan.
Dos 317 municípios atendidos pela Corsan, 307 poderiam aderir ao novo modelo. As cidades que já aceitaram o aditivo correspondem a 52% do faturamento da empresa e a uma cobertura de atendimento de 3,5 milhões de pessoas. O prazo para aderir é 31 de março de 2022.
Gramado levou R$ 7,9 milhões de outorga, ao assinar o contrato e a promessa de investimento é de R$ 212 milhões até 2033.
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Ocorre que a Corsan fatura em média R$ 16 milhões em Canela, em Gramado é mais. Levando em conta o cálculo gramadense (que podem não acontecer os investimentos, afinal, trata-se da Corsan), são R$ 220 milhões em 12 anos, ou seja algo em torno de R$ 18 milhões por ano.
Se pensarmos que o faturamento tende a crescer muito em 12 anos, não é lá um negócio da China.
Neste contexto, Canela, que tem pouco a elogiar e muito a reclamar da Corsan, ainda não assinou o aditivo e pode nem assinar.
Aliás, a Prefeitura de Canela vai visitar sistemas de água e esgoto municipalizados e terceirizados para ver novas alternativas.
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Parece que existe vida inteligente e um pouco de coragem na Prefeitura de Canela, ao menos neste setor.
Gramado perde a oportunidade criar um consórcio regional com Canela e São Francisco de Paula, mas a cidade vizinha nunca foi muito de se unir aos canelenses. Em termos de política, são quase água e vinho.
Vale lembrar que a água que Gramado recebe é tratada em Canela e estas obras de ampliação que acontecem em Canela são para aumentar a capacidade para atender, inclusive, ou especialmente, Gramado.
Se Canela não der pra trás e sucumbir ao Governo do Estado, ainda vai ter muita água para passar debaixo desta ponte.
