Coluna da Juliana Alano #101
Caro leitor, quando resolvemos empreender o apoio de nossa família é muito importante, são eles que além de nos incentivar também compartilham da questão financeira. E muitos ainda, tem a própria família trabalhando junto no negócio, o que chamamos de empresa familiar.
Existem muitos fatores que podem fazer uma empresa quebrar, especialmente nos primeiros anos, as principais razões por que as empresas fecham, estão ligadas a planejamento e gestão, mas também a questões de vendas, como precificação, análise de mercado e estruturação de equipes e o principal, a falta de dinheiro é claro!
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No caso das empresas familiares três coisas que observo nos atendimentos de consultoria que são bem evidentes: a falta do planejamento da administração financeira, as negligências administrativas e os conflitos familiares.
Quando falo de planejamento da administração financeira preciso responder algumas perguntas básicas de gestão: O quê fazer? É preciso definir um objetivo, o que se quer alcançar. Por quê? O que justifica se dedicar a esse projeto. Quem? Quais são as pessoas que posso contar para executar isso comigo. Onde? Em qual lugar ou setores isso vai ocorrer. Quando? Se eu não der prazo para cada tarefa e pessoa as coisas não saem do papel. Como? Quais as etapas que precisam ser feitas para dar o próximo passo e por fim, quanto custa? Quem manda é o caixa, você pode até alinhar toda a rota, mas se não tiver o recurso financeiro, dificilmente vai conseguir evoluir.
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Já as negligências administrativas é literalmente “sangrar” o caixa para satisfação de desejos pessoais. Muitos pensam no caixa da empresa como um caixa eletrônico infindável, que você pode pegar o dinheiro a qualquer momento, principalmente nos períodos de maior fluxo. Nestes casos, normalmente não se tem reserva financeira pessoal muito menos na empresa, e começa a trilha da consolação nas antecipações de crédito e empréstimos bancários quando algo dá errado no caminho.
E a questão dos conflitos normalmente começam com os dois problemas que citei primeiro, a falta de planejamento e de dinheiro. Sem eles as relações familiares começam a ficar conturbadas, pois cada membro enxerga apenas as suas prioridades, deixando a gestão do negócio deficitária. Quando isso ocorre, a empresa deixa de ser vista como uma fonte elementar de sustento da família e começa a ser motivos de brigas e discussões, que dependendo o nível de gravidade precisam fechar as portas. O melhor caminho para que esses problemas sejam evitados é através da gestão de expectativas, muita comunicação, organização, planejamento, amor e respeito. Já dizia a frase: É a FAMÍLIA que leva o NEGÓCIO para FRENTE e não o negócio que leva a FAMÍLIA.
